“A literatura acaba sendo minha principal companheira durante todo o trajeto”. Assim começa a descrição do cotidiano da cantora lírica Yvy Szot, 18 anos. Moradora de São Bernardo, a jovem, que está se preparando para a apresentação do musical A Danação de Fausto, na Sala São Paulo, na próxima semana, é um dos 204 mil passageiros que embarcam diariamente nas estações de trem da Linha 10 – Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) no Grande ABC.
Se for levada em consideração a média de 2,8 milhões de usuários transportados diariamente por todas as estações da CPTM, os moradores do Grande ABC representam 7% do total.
Após sofrer no ano passado queda de 11,26% em sua média diária de usuários transportados, a Linha 10, que atende cinco municípios da região, caminha para fechar 2014 com montante de passageiros superior ao de 2013, quando teve média de 348,2 mil usuários por dia no trajeto entre as estações Rio Grande da Serra e Brás. Segundo a CPTM, até a primeira quinzena deste mês, a média diária de passageiros que percorreram o trecho girava em torno dos 354 mil, número 1,67% superior ao ano anterior.
Os usuários que embarcam em uma das estações do Grande ABC representam 58% do total que utiliza a linha. Só para se ter uma base, o número de passageiros transportados na região é superior a quantidade de moradores de São Caetano e Rio Grande da Serra juntos, de acordo com dados populacionais divulgados em 2013 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Uma dessas usuárias diárias é a atendente de fast-food Fernanda Aguiar da Silva Santos, 18, que embarca todas as manhãs na Estação Guapituba, em Mauá. “É o meio mais rápido para chegar ao trabalho. Pego o trem por volta das 11h e retorno às 21h. Sempre está lotado”, relata a jovem, que usa o tempo de ida para se maquiar. “Saio rápido de casa. Já de noite volto tão cansada que sento no chão.”
Apesar de possuir automóvel, o advogado Luiz Gustavo, 32, é outro que prefere usar o meio de transporte. O profissional, que tem um escritório na Avenida Paulista, na Capital, justifica a escolha pela otimização do tempo. “De trem gasto cerca de 45 minutos fazendo integração com o Metrô. Já de carro, gastaria cerca de 1h30 para chegar ao trabalho.”
Mas há quem use o transporte também para diversão. Desempregada, Eliane Jesus dos Santos, 31, aproveitou o feriado prolongado para viajar de trem. “Geralmente uso para ir ao médico, mas dessa vez vou para a rodoviária. Hoje é dia de praia!”
Modernização deve atrair mais gente
Com o objetivo de oferecer infraestrutura melhor e atrair cada vez mais usuários, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) investe na modernização de suas estações no Grande ABC. Com arquitetura moderna, os projetos das novas estações contemplam a readequação funcional para comportar maior volume de passageiros.
As novas estações vão dispor de plataformas totalmente cobertas e com todos os itens de acessibilidade. Alguns dos projetos vão ser feitos com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade, como é o caso das estações de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Guapituba, Prefeito Saladino e Utinga, e aguardam a liberação dos recursos por parte do governo federal para publicar os editais de contratação das obras de reforma.
Em relação às estações São Caetano e Mauá, a abertura das licitações está prevista para o primeiro semestre do próximo ano, de acordo com a CPTM. No caso de Santo André e Capuava, em maio a companhia contratou empresa para elaborar os projetos básico e executivo.
“Acredito que as reformas vão otimizar ainda mais o trajeto. Além disso, não vejo a hora de sair o metrô da região (Linha 18 - Bronze)”, relata a moradora do Baeta Neves, em São Bernardo, Ivy Szot. Atualmente, ela pega um ônibus até Santo André para depois iniciar seu trajeto via linha férrea até a Capital.
Aplicativos para celular otimizam o tempo gasto na viagem
Cerca de uma hora é o tempo gasto por moradores do Grande ABC dentro de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Mas afinal, o que fazer durante a viagem?
Uma das opções fica por conta dos aplicativos de celulares. A auxiliar de primeira infância Thais de Souza Santos, 27 anos, é uma adepta da tecnologia. “Quando não estou em período de prova, minha principal distração no trem é o celular. Entro no Facebook, site de notícias, são vários”, relata a moradora de Mauá.
Um dos aplicativos disponíveis para viagem é o Bizubuzu, cujo objetivo é preencher seu tempo ocioso dentro do meio de transporte para estudar, se qualificar e melhorar profissionalmente.
E que tal fazer exercícios básicos de línguas? No aplicativo 50 línguas (grátis para iOS e Android) é possível treinar diversos idiomas, inclusive o Português.
Mas, existe quem prefira ouvir música, como é o caso do analista de recursos humanos Iago Nóbrega Souto, 22. “As formas são diversas (de distração dentro do trem). Músicas, leitura, redes sociais, isso quando umas das bizarrices cotidianas do trem não vira centro da atenção de todos os passageiros.”
Diário do Grande ABC
Se for levada em consideração a média de 2,8 milhões de usuários transportados diariamente por todas as estações da CPTM, os moradores do Grande ABC representam 7% do total.
Após sofrer no ano passado queda de 11,26% em sua média diária de usuários transportados, a Linha 10, que atende cinco municípios da região, caminha para fechar 2014 com montante de passageiros superior ao de 2013, quando teve média de 348,2 mil usuários por dia no trajeto entre as estações Rio Grande da Serra e Brás. Segundo a CPTM, até a primeira quinzena deste mês, a média diária de passageiros que percorreram o trecho girava em torno dos 354 mil, número 1,67% superior ao ano anterior.
Os usuários que embarcam em uma das estações do Grande ABC representam 58% do total que utiliza a linha. Só para se ter uma base, o número de passageiros transportados na região é superior a quantidade de moradores de São Caetano e Rio Grande da Serra juntos, de acordo com dados populacionais divulgados em 2013 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Uma dessas usuárias diárias é a atendente de fast-food Fernanda Aguiar da Silva Santos, 18, que embarca todas as manhãs na Estação Guapituba, em Mauá. “É o meio mais rápido para chegar ao trabalho. Pego o trem por volta das 11h e retorno às 21h. Sempre está lotado”, relata a jovem, que usa o tempo de ida para se maquiar. “Saio rápido de casa. Já de noite volto tão cansada que sento no chão.”
Apesar de possuir automóvel, o advogado Luiz Gustavo, 32, é outro que prefere usar o meio de transporte. O profissional, que tem um escritório na Avenida Paulista, na Capital, justifica a escolha pela otimização do tempo. “De trem gasto cerca de 45 minutos fazendo integração com o Metrô. Já de carro, gastaria cerca de 1h30 para chegar ao trabalho.”
Mas há quem use o transporte também para diversão. Desempregada, Eliane Jesus dos Santos, 31, aproveitou o feriado prolongado para viajar de trem. “Geralmente uso para ir ao médico, mas dessa vez vou para a rodoviária. Hoje é dia de praia!”
Modernização deve atrair mais gente
Com o objetivo de oferecer infraestrutura melhor e atrair cada vez mais usuários, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) investe na modernização de suas estações no Grande ABC. Com arquitetura moderna, os projetos das novas estações contemplam a readequação funcional para comportar maior volume de passageiros.
As novas estações vão dispor de plataformas totalmente cobertas e com todos os itens de acessibilidade. Alguns dos projetos vão ser feitos com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade, como é o caso das estações de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Guapituba, Prefeito Saladino e Utinga, e aguardam a liberação dos recursos por parte do governo federal para publicar os editais de contratação das obras de reforma.
Em relação às estações São Caetano e Mauá, a abertura das licitações está prevista para o primeiro semestre do próximo ano, de acordo com a CPTM. No caso de Santo André e Capuava, em maio a companhia contratou empresa para elaborar os projetos básico e executivo.
“Acredito que as reformas vão otimizar ainda mais o trajeto. Além disso, não vejo a hora de sair o metrô da região (Linha 18 - Bronze)”, relata a moradora do Baeta Neves, em São Bernardo, Ivy Szot. Atualmente, ela pega um ônibus até Santo André para depois iniciar seu trajeto via linha férrea até a Capital.
Aplicativos para celular otimizam o tempo gasto na viagem
Cerca de uma hora é o tempo gasto por moradores do Grande ABC dentro de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Mas afinal, o que fazer durante a viagem?
Uma das opções fica por conta dos aplicativos de celulares. A auxiliar de primeira infância Thais de Souza Santos, 27 anos, é uma adepta da tecnologia. “Quando não estou em período de prova, minha principal distração no trem é o celular. Entro no Facebook, site de notícias, são vários”, relata a moradora de Mauá.
Um dos aplicativos disponíveis para viagem é o Bizubuzu, cujo objetivo é preencher seu tempo ocioso dentro do meio de transporte para estudar, se qualificar e melhorar profissionalmente.
E que tal fazer exercícios básicos de línguas? No aplicativo 50 línguas (grátis para iOS e Android) é possível treinar diversos idiomas, inclusive o Português.
Mas, existe quem prefira ouvir música, como é o caso do analista de recursos humanos Iago Nóbrega Souto, 22. “As formas são diversas (de distração dentro do trem). Músicas, leitura, redes sociais, isso quando umas das bizarrices cotidianas do trem não vira centro da atenção de todos os passageiros.”
Diário do Grande ABC