Linha 9 - Esmeralda passa por obras de modernização desde o início do ano, mas ainda está entre as linhas que mais registraram falhas em junho (Foto: Fabiano Correia/ G1)
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo registrou, em junho deste ano, mais de uma falha a cada dois dias. Os problemas de funcionamento, na maioria por panes elétricas, afetam a circulação de trens.
Linha 9 - Esmeralda passa por obras de modernização desde o início do ano, mas ainda está entre as linhas que mais registraram falhas em junho (Foto: Fabiano Correia/ G1)
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo registrou, em junho deste ano, mais de uma falha a cada dois dias. Os problemas de funcionamento, na maioria por panes elétricas, afetam a circulação de trens.
O levantamento foi feito pelo G1, que acompanhou as ocorrências em todas as linhas do sistema entre 1º e 30 de junho. Atualmente, a CPTM realiza obras de modernização suas seis linhas.
São de administração da CPTM as linhas 7-Rubi (que liga a Luz a Jundiaí), 8-Diamante (Júlio Prestes a Itapevi), 9-Esmeralda (Osasco a Grajaú), 10-Turquesa (Brás a Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz a Estudantes) e 12-Safira (Brás a Calmon Viana).
Foram ao todo 18 falhas no período acompanhado pelo G1. Do total, seis ocorrências foram registradas na linha 9; cinco na linha 7; quatro na linha 8; duas na linha 11; e uma na linha 12.
A linha 9, que registrou o maior número de falhas em junho, tem 18 estações e transporta 517 mil pessoas diariamente. A maior incidência, segundo o levantamento, foi de falhas no sistema de energia e problemas em composições.
De acordo com Álvaro Eduardo Correia Lopes, engenheiro elétrico da companhia, uma das principais razões para a incidência de falhas elétricas mesmo em meio às melhorias é a necessidade de funcionamento das linhas logo após as obras. “Uma obra no sistema de energia não pode admitir nenhum tipo de adaptação”, disse o engenheiro.
“O sistema de comunicação, por exemplo, pode ser implantado em paralelo com o sistema atual. Já esse [de rede elétrica] ou opera ou não opera, não tem meio termo, não tem tempo de transição.”
Linha 9 passou por obras de modernização neste domingo (Foto: Fabiano Correia/ G1)
Modernização
As obras de modernização da CPTM ocorrem geralmente aos domingos, quando a operação das linhas em obras é suspensa. Isso ocorre porque, segundo a companhia, há grande dificuldade em realizar a modernização e garantir a operação das vias e composições.
No domingo (1º), o G1 visitou a Linha 9, que foi a mais afetada por falhas no mês de junho, para acompanhar as obras. De acordo com a CPTM, as obras consistem na instalação de novos sistemas de sinalização, energia, rede aérea e via permanente.
A rede aérea de energia, por exemplo, será modificada de uma rede aérea fixa para uma rede aérea autocompensada. As falhas elétricas que acontecem nas linhas costumam ter duas razões: o afrouxamento da rede ou o rompimento dela.
No atual sistema, de rede fixa, os técnicos devem retensionar os cabos manualmente para garantir o funcionamento correto do sistema. Ou seja, é preciso interromper a circulação na linha para que os cabos sejam esticados novamente.
“Na autocompensada, o retensionamento dos cabos é feito automaticamente, o que melhora o desempenho da rede e diminui a incidência de manutenção”, disse Lopes.
Esse novo sistema é semelhante ao aplicado na Linha 5 – Lilás, do Metrô, e deverá ser implantado em todas as linhas da companhia. “Este sistema é um dos mais modernos do mundo”, garantiu o engenheiro.
Sistema de sinalização também passa por obras (Foto: Fabiano Correia/ G1)
Nos próximos meses, duas novas subestações devem ser implantadas na rede da CPTM, uma na Estação Socorro e outra na Estação Cidade Jardim, e novas linhas de distribuição.Os investimentos somam cerca de R$ 664 milhões. “Um sistema como esse tem a vida útil de 30 anos”, explicou Álvaro Lopes.
“Depois desse tempo, é preciso renová-lo e, para isso, vai ser preciso passar uns dois ou três anos reformulando o sistema para que ele tenha mais 30 anos de vida. Nós estamos nessa fase.”
Segundo o engenheiro, as paralisações aos domingos são necessárias porque o período da noite, quando as linhas não funcionam, é curto.
“O objetivo dessas paralisações aos domingos é alavancar todas as obras da linha, porque o intervalo da noite em que podemos trabalhar é apenas entre 1h30 e 3h30.”
“Nesse momento haverá reclamações por causa das dificuldades, dessas paralisações aos domingos, mas sabemos que quando tudo isso passar o benefício será muito grande”, disse Lopes.
A expectativa é que todas as obras de modernização na Linha 9 sejam concluídas entre 2014 e 2015. A companhia também deu início a obras em outras linhas.
No dia 22 de maio, os trabalhos começaram na Linha 8 – Diamante. No dia 24 de junho foi a vez da Linha 12 – Safira começar a ser modernizada.
Fonte: G1, Por Nathália Duarte
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A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo registrou, em junho deste ano, mais de uma falha a cada dois dias. Os problemas de funcionamento, na maioria por panes elétricas, afetam a circulação de trens.
Linha 9 - Esmeralda passa por obras de modernização desde o início do ano, mas ainda está entre as linhas que mais registraram falhas em junho (Foto: Fabiano Correia/ G1)
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo registrou, em junho deste ano, mais de uma falha a cada dois dias. Os problemas de funcionamento, na maioria por panes elétricas, afetam a circulação de trens.
O levantamento foi feito pelo G1, que acompanhou as ocorrências em todas as linhas do sistema entre 1º e 30 de junho. Atualmente, a CPTM realiza obras de modernização suas seis linhas.
São de administração da CPTM as linhas 7-Rubi (que liga a Luz a Jundiaí), 8-Diamante (Júlio Prestes a Itapevi), 9-Esmeralda (Osasco a Grajaú), 10-Turquesa (Brás a Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz a Estudantes) e 12-Safira (Brás a Calmon Viana).
Foram ao todo 18 falhas no período acompanhado pelo G1. Do total, seis ocorrências foram registradas na linha 9; cinco na linha 7; quatro na linha 8; duas na linha 11; e uma na linha 12.
A linha 9, que registrou o maior número de falhas em junho, tem 18 estações e transporta 517 mil pessoas diariamente. A maior incidência, segundo o levantamento, foi de falhas no sistema de energia e problemas em composições.
De acordo com Álvaro Eduardo Correia Lopes, engenheiro elétrico da companhia, uma das principais razões para a incidência de falhas elétricas mesmo em meio às melhorias é a necessidade de funcionamento das linhas logo após as obras. “Uma obra no sistema de energia não pode admitir nenhum tipo de adaptação”, disse o engenheiro.
“O sistema de comunicação, por exemplo, pode ser implantado em paralelo com o sistema atual. Já esse [de rede elétrica] ou opera ou não opera, não tem meio termo, não tem tempo de transição.”
Linha 9 passou por obras de modernização neste domingo (Foto: Fabiano Correia/ G1)
Modernização
As obras de modernização da CPTM ocorrem geralmente aos domingos, quando a operação das linhas em obras é suspensa. Isso ocorre porque, segundo a companhia, há grande dificuldade em realizar a modernização e garantir a operação das vias e composições.
No domingo (1º), o G1 visitou a Linha 9, que foi a mais afetada por falhas no mês de junho, para acompanhar as obras. De acordo com a CPTM, as obras consistem na instalação de novos sistemas de sinalização, energia, rede aérea e via permanente.
A rede aérea de energia, por exemplo, será modificada de uma rede aérea fixa para uma rede aérea autocompensada. As falhas elétricas que acontecem nas linhas costumam ter duas razões: o afrouxamento da rede ou o rompimento dela.
No atual sistema, de rede fixa, os técnicos devem retensionar os cabos manualmente para garantir o funcionamento correto do sistema. Ou seja, é preciso interromper a circulação na linha para que os cabos sejam esticados novamente.
“Na autocompensada, o retensionamento dos cabos é feito automaticamente, o que melhora o desempenho da rede e diminui a incidência de manutenção”, disse Lopes.
Esse novo sistema é semelhante ao aplicado na Linha 5 – Lilás, do Metrô, e deverá ser implantado em todas as linhas da companhia. “Este sistema é um dos mais modernos do mundo”, garantiu o engenheiro.
Sistema de sinalização também passa por obras (Foto: Fabiano Correia/ G1)
Nos próximos meses, duas novas subestações devem ser implantadas na rede da CPTM, uma na Estação Socorro e outra na Estação Cidade Jardim, e novas linhas de distribuição.Os investimentos somam cerca de R$ 664 milhões. “Um sistema como esse tem a vida útil de 30 anos”, explicou Álvaro Lopes.
“Depois desse tempo, é preciso renová-lo e, para isso, vai ser preciso passar uns dois ou três anos reformulando o sistema para que ele tenha mais 30 anos de vida. Nós estamos nessa fase.”
Segundo o engenheiro, as paralisações aos domingos são necessárias porque o período da noite, quando as linhas não funcionam, é curto.
“O objetivo dessas paralisações aos domingos é alavancar todas as obras da linha, porque o intervalo da noite em que podemos trabalhar é apenas entre 1h30 e 3h30.”
“Nesse momento haverá reclamações por causa das dificuldades, dessas paralisações aos domingos, mas sabemos que quando tudo isso passar o benefício será muito grande”, disse Lopes.
A expectativa é que todas as obras de modernização na Linha 9 sejam concluídas entre 2014 e 2015. A companhia também deu início a obras em outras linhas.
No dia 22 de maio, os trabalhos começaram na Linha 8 – Diamante. No dia 24 de junho foi a vez da Linha 12 – Safira começar a ser modernizada.
Fonte: G1, Por Nathália Duarte
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