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22 de dezembro de 2016

Especialistas de trânsito reprovam aumento de velocidade nas marginais

Limite de velocidade nas marginais de São Paulo subirá a partir de janeiro.

Especialistas de trânsito ouvidos pelo SPTV reprovam o aumento da velocidade nas marginais dos rios Pinheiros e Tietê.

A partir do dia 25 de janeiro de 2017, o novo secretário de transportes, Sérgio Avelleda, anunciou que o limite de velocidade subirá nas marginais.

Na pista expressa das duas marginais o limite volta a ser 90 km/h para veículos leves, na pista central da Marginal Tietê o limite será de 70 km/h e nas pistas locais, 60 km/h. Na faixa da direita da pista local, pela qual transitam os ônibus e que permite a conversão à direita, a velocidade será mantida em 50 km/h.

O especialista em engenharia de Transporte Horácio Figueira disse que a velocidade do carro é determinante na hora de causar um acidente. “A 80 km por hora, entre você perceber iniciar o processo de freagem e parar, é no mínimo 150 metros. É mais que uma quadra, você já matou aquele pedestre”.

O comentarista de mobilidade do SPTV, Sérgio Ezjenberg, disse que um acidente pouco antes do horário de pico complica ainda mais o congestionamento. “Se você tem um acidente que ocorre as quatro da tarde e junta gente, na hora que aquela fila juntou, em seguida vem o pessoal da cinco da tarde. Aí para tudo. Ou seja, dependendo de como você prepara o horário do pico, ele pode ser mais ou menos atroz”.

Com a queda de acidentes na marginal após a diminuição das velocidades, o professor de engenharia de tráfego Paulo Bacaltchuck disse que precisam ser feitos mais estudos. “A gente sabe que houve uma queda de acidentes na marginal, agora tem que se determinar com certeza se essa queda foi realmente devido a diminuição da velocidade, ou se tb houve outros fatores como a fiscalização intensa”.

O futuro secretário municipal dos transportes da capital disse que os acidentes nas marginais que mais fazem vítimas e atrapalham o trânsito são os atropelamentos e queda de motoqueiros. Segundo ele, a redução de velocidade não é a melhor forma de acabar com esse problema.

“Não há pedestre que tem a linha de desejo para cruzar a marginal. Porque não há nada para fazer do outro lado da calçada. Quem é o pedestre que está ali na marginal é o que está praticando o comércio ilegal, ou mora em situação de risco. Nós vamos enfrentar essa situação de risco com ações coordenadas”, disse Sérgio Avelleda.

G1