As obras da Linha 4-Amarela do Metrô estão parcialmente paralisadas, o que pode levar a novos atrasos. O consórcio Isolux-Corsán-Corviam, contratado pelo governo de São Paulo para tocar o empreendimento, reduziu o ritmo da construção nos últimos meses. A situação, que persiste ao menos desde novembro, atinge os canteiros de obras das Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.
O Metrô, que gerencia o contrato, admitiu o problema e informou que já acionou o consórcio e que adotará contra ele "outras sanções" por causa da diminuição do ritmo das obras. O proprietário de uma das subcontratadas para a obra disse que o consórcio Isolux-Corsán-Corviam deixou de pagar os vencimentos de parte das empreiteiras em outubro.
Por sua vez, o consórcio alega que o Metrô atrasou a entrega dos projetos executivos das obras e que tem feito "grandes esforços" para reajustar os seus pagamentos. O Metrô nega o atraso e informa que enviou "todos os projetos executivos necessários para o prosseguimento regular da obra".
Em visita aos locais das futuras estações, na tarde de quarta-feira, 28, o jornal O Estado de S. Paulo encontrou canteiros praticamente vazios. Apenas alguns funcionários de uniforme vermelho, da Isolux, eram vistos nesses pontos. Eles afirmaram que têm pouco o que fazer em seus postos de trabalho, já que as empresas terceirizadas deixaram o serviço. "É vir aqui só para bater o ponto, mesmo", disse um operário da obra da Estação Oscar Freire.
O canteiro, que fica do lado da Avenida Rebouças, sentido Marginal do Pinheiros, servia ontem de estacionamento improvisado para carros. A Oscar Freire e a Higienópolis-Mackenzie são as duas únicas estações de metrô que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) promete entregar neste ano.
Ferrugem
"Faz uns meses, levaram tudo embora daqui, bombas e outros maquinários. As outras empresas (as empreiteiras subcontratadas) saíram todas", afirmou um funcionário do canteiro da Estação São Paulo-Morumbi. As empreiteiras terceirizadas realizam serviços como terraplenagem e fundações. "A ferragem exposta aqui fora, no chão, já está enferrujando", disse um operário da Estação São Paulo-Morumbi.
Segundo ele, no auge, a construção tinha mais de cem funcionários, entre os da própria Isolux e os das empreiteiras subcontratadas. Agora, restam alguns poucos da Isolux. Ontem, o canteiro estava parado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.