A estação Água Branca, na zona oeste de São Paulo, surgiu como alternativa para o ponto de parada do trem de alta velocidade na capital paulista. O projeto inicial da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) previa o uso de uma parte do terreno do aeroporto do Campo de Marte para abrigar a estação do trem-bala Rio-São Paulo-Campinas, mas a escolha por essa localização é polêmica, principalmente devido às restrições que pode gerar para a aviação geral.
A equipe do governador Geraldo Alckmin (PSDB) levou essa ideia a Brasília. Pode ser uma opção, disse ontem o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Ele garantiu não haver preferência do governo paulista por uma ou outra localização, mas citou vantagens de usar a estação Água Branca, que funcionaria como uma espécie de hub (ponto de conexão) de trens regionais.
Essa estação já existe, mas será totalmente remodelada para receber três trens expressos: São Paulo-Jundiaí, São Paulo-Sorocaba e São Paulo-Santos. O primeiro projeto é o mais avançado.
Além disso, a Água Branca terá conexão com a futura Linha 6-Laranja do metrô e já faz parte da rede da CPTM, nas linhas 7-Rubi e 8-Diamante. Nas tentativas anteriores de licitar o trem-bala, algumas empreiteiras chegaram a sugerir o uso da Barra Funda como estação em São Paulo.
O novo edital, divulgado no mês passado, não define a localização exata da parada. O grupo que vencer o leilão, marcado para maio de 2013, terá a prerrogativa de apresentar um traçado definitivo. Isso é o que deve estabelecer, em última instância, o lugar da estação.
Uma das principais críticas à estação no Campo de Marte, além dos impactos sobre a aviação executiva, diz respeito à sua falta de integração com a malha de transporte público da capital. O secretário Jurandir Fernandes diz que há disposição do Estado em acelerar a construção de uma nova linha, apelidada de Arco Norte no plano estratégico de investimentos do metrô, caso a escolha seja pelo Campo de Marte.
O importante, segundo ele, é que os passageiros possam sair do trem-bala e entrar na rede de transporte coletivo da cidade. Viajante não gosta de usar guarda-chuva, brinca o secretário. O aeroporto fica a aproximadamente dois quilômetros da estação Carandiru, na Linha 1-Azul, a mais próxima dali.
Fernandes prometeu lançar, até o fim de dezembro, o edital de licitação para a Linha 6-Laranja. Será o primeiro projeto do metrô construído e operado por parceria público-privada (PPP) – a Linha 4-Amarela tem apenas a parte da operação como responsabilidade da iniciativa privada. No dia 11, terça-feira que vem, a Secretaria de Transportes Metropolitanos fará audiência pública para discutir o projeto.
Três grandes construtoras apresentaram projetos para a nova linha: Odebrecht, Queiroz Galvão e Galvão-Somague. Agora, o governo faz uma compilação das contribuições. Temos 40 pessoas trabalhando nisso, afirmou Fernandes.
Estão previstas 15 estações, em 13,6 quilômetros de extensão, entre Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (centro). O investimento é estimado entre R$ 7,5 bilhões e R$ 8 bilhões.
De acordo com o secretário, o aporte do Estado será de até 50% do investimento, ficando o restante a cargo do grupo vencedor da licitação. O vitorioso receberá todas as receitas com a operação e o governo se comprometerá a complementá-la, caso haja frustração de expectativa.
Fernandes disse que nem todas as questões para viabilizar as PPPs foram solucionadas pelas recentes mudanças tributárias do governo federal. Em primeiro lugar, ainda é uma medida provisória, o que traz certa instabilidade para o mercado, até ser aprovada. Mas há, ainda, aspectos que precisam ser regulamentados por lei específica.
O secretário observou ainda que técnicos de sua equipe começaram a avaliar, em estágio embrionário, uma proposta de criar tarifas diferenciadas por horário para desafogar o metrô no pico. Ele adianta, porém, que a única possibilidade de aplicação disso é na Linha 9-Esmeralda da CPTM. Se a tarifa diferenciada for levada adiante, ele acredita que pode haver reflexo na distribuição de passageiros também na Linha 4-Amarela.
EXAME
A equipe do governador Geraldo Alckmin (PSDB) levou essa ideia a Brasília. Pode ser uma opção, disse ontem o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Ele garantiu não haver preferência do governo paulista por uma ou outra localização, mas citou vantagens de usar a estação Água Branca, que funcionaria como uma espécie de hub (ponto de conexão) de trens regionais.
Essa estação já existe, mas será totalmente remodelada para receber três trens expressos: São Paulo-Jundiaí, São Paulo-Sorocaba e São Paulo-Santos. O primeiro projeto é o mais avançado.
Além disso, a Água Branca terá conexão com a futura Linha 6-Laranja do metrô e já faz parte da rede da CPTM, nas linhas 7-Rubi e 8-Diamante. Nas tentativas anteriores de licitar o trem-bala, algumas empreiteiras chegaram a sugerir o uso da Barra Funda como estação em São Paulo.
O novo edital, divulgado no mês passado, não define a localização exata da parada. O grupo que vencer o leilão, marcado para maio de 2013, terá a prerrogativa de apresentar um traçado definitivo. Isso é o que deve estabelecer, em última instância, o lugar da estação.
Uma das principais críticas à estação no Campo de Marte, além dos impactos sobre a aviação executiva, diz respeito à sua falta de integração com a malha de transporte público da capital. O secretário Jurandir Fernandes diz que há disposição do Estado em acelerar a construção de uma nova linha, apelidada de Arco Norte no plano estratégico de investimentos do metrô, caso a escolha seja pelo Campo de Marte.
O importante, segundo ele, é que os passageiros possam sair do trem-bala e entrar na rede de transporte coletivo da cidade. Viajante não gosta de usar guarda-chuva, brinca o secretário. O aeroporto fica a aproximadamente dois quilômetros da estação Carandiru, na Linha 1-Azul, a mais próxima dali.
Fernandes prometeu lançar, até o fim de dezembro, o edital de licitação para a Linha 6-Laranja. Será o primeiro projeto do metrô construído e operado por parceria público-privada (PPP) – a Linha 4-Amarela tem apenas a parte da operação como responsabilidade da iniciativa privada. No dia 11, terça-feira que vem, a Secretaria de Transportes Metropolitanos fará audiência pública para discutir o projeto.
Três grandes construtoras apresentaram projetos para a nova linha: Odebrecht, Queiroz Galvão e Galvão-Somague. Agora, o governo faz uma compilação das contribuições. Temos 40 pessoas trabalhando nisso, afirmou Fernandes.
Estão previstas 15 estações, em 13,6 quilômetros de extensão, entre Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (centro). O investimento é estimado entre R$ 7,5 bilhões e R$ 8 bilhões.
De acordo com o secretário, o aporte do Estado será de até 50% do investimento, ficando o restante a cargo do grupo vencedor da licitação. O vitorioso receberá todas as receitas com a operação e o governo se comprometerá a complementá-la, caso haja frustração de expectativa.
Fernandes disse que nem todas as questões para viabilizar as PPPs foram solucionadas pelas recentes mudanças tributárias do governo federal. Em primeiro lugar, ainda é uma medida provisória, o que traz certa instabilidade para o mercado, até ser aprovada. Mas há, ainda, aspectos que precisam ser regulamentados por lei específica.
O secretário observou ainda que técnicos de sua equipe começaram a avaliar, em estágio embrionário, uma proposta de criar tarifas diferenciadas por horário para desafogar o metrô no pico. Ele adianta, porém, que a única possibilidade de aplicação disso é na Linha 9-Esmeralda da CPTM. Se a tarifa diferenciada for levada adiante, ele acredita que pode haver reflexo na distribuição de passageiros também na Linha 4-Amarela.
EXAME