Paralisação será por tempo indeterminado e é decorrente da falta de acordo entre os empresários das empresas de ônibus e sindicato que representa a categoria
Em assembleia realizada na tarde desta quinta (16) no CMTC Clube, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) decretaram estado de greve e uma paralisação para o dia 23 deste mês a partir da meia noite, em todas as regiões da cidade. Um impasse na campanha salarial, no qual os representantes dos empresários apresentou um "pacote de maldades", foi rejeitado pelo sindicato dos funcionários, que entenderam que a proposta continha um reajuste abaixo da inflação e alguns pontos que não agradaram a categoria, descritos abaixo:
- 01 (uma) de intervalo não remunerado;
– Regulamentação da jornada flexível (dupla pegada);
– Banco de Horas com limite de 104 horas/mês, de acordo com a lei;
– Desconto das multas do RESAM;
– Pagamento do tíquete refeição vinculado ao dia trabalhado;
– A Participação nos Lucros e Resultados, a discussão ficaria para 2020, ou seja, este ano zero de PLR;
– Reajuste salarial e do tíquete refeição de 4,18% (abaixo da inflação do período);
– Garantia da data-base da categoria.
Com a rejeição da proposta, durante a semana os sindicalistas e representantes do patronato, devem continuar as conversas para evitar a paralisação que ao todo deixará 14 mil veículos nas garagens e cerca de 4 milhões de pessoas devem ser afetadas com a greve.
Em casos assim, o rodízio costuma ser suspenso pela CET/Prefeitura para tentar minimizar os impactos, além de reforços nas frotas de trens do Metrô e CPTM.
O Diário da CPTM está em contato com o Sindicato e SPTrans para obter novas informações e atualizações sobre a possibilidade da greve. Quando houve novidades sobre o tema, publicaremos novas informações.
Por Willian Moreira
Foto: Diário da CPTM