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25 de maio de 2017

Estudo ambiental do Ferroanel no Alto Tietê está em fase final

LUCAS MELONI

O Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do Ferroanel está em fase de revisão final o que definirá a relação de datas para audiências públicas nas cidades que receberão o empreendimento federal com apoio da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa).

Segundo a Dersa, há um termo de compromisso firmado entre a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e a Dersa para a construção deste projeto de transporte. “Ele tem por objetivo a obtenção da Licença Ambiental Prévia e a produção de um Projeto de Engenharia que permita uma estimativa quanto aos custos de implantação do empreendimento Ferroanel Norte – um ramal ferroviário em via dupla e dedicado ao transporte de cargas, com 52,75 km de extensão, que irá conectar as estações Engenheiro Manoel Feio (Itaquaquecetuba) e Perus (São Paulo), servindo como alternativa ao atual compartilhamento de trilhos entre carga e passageiros no interior da Região Metropolitana de São Paulo.

O encerramento do termo de compromisso com a obtenção da licença prévia e a entrega e finalização do projeto está previsto para dezembro de 2017”, informou a Dersa.
A principal etapa, por ora, do projeto do Ferroanel é a de conclusão dos estudos ambientais. Eles estão em fase final de revisão. “As datas das audiências públicas serão definidas pelo Consema após o protocolo do EIA/Rima na Cetesb. A obra do Rodoanel Norte está sendo desenvolvida para conservar a viabilidade da implantação da futura via férrea através de uma estratégia de compartilhamento da mesma faixa de domínio. As plataformas de terraplenagem identificadas ao longo do eixo do Rodoanel Norte que serão aproveitadas pelo Ferroanel Norte já estão sendo implantadas. A implantação conjunta dos empreendimentos, em regime de sinergia e mútua cooperação, implicará na otimização de recursos, redução de impactos ambientais e sociais, além da significativa redução de custos. O Estado assumiu o compromisso de ceder sem qualquer ônus as áreas de sua propriedade necessárias à implantação do Ferroanel. Tendo em vista que o traçado é contíguo ao Rodoanel, isso reduzirá sobremaneira o custo de desapropriações do empreendimento”, acrescentou o Estado.

Há uma estimativa de que o anel ferroviário permita transportar 40 milhões de toneladas de produtos nos próximos anos. Isso representa tirar de circulação cerca de 4,2 mil caminhões por dia das estradas.

A segregação conta com apoio da MRS, empresa compartilhante que usa as linhas férreas destinadas à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Por enquanto, não há datas concretas para que este processo de divisão ocorra de forma definitiva. Em contato com a redação, a empresa de logística ressaltou que o trecho elevado entre Suzano e Itaquaquecetuba fora construída por ela e tem como objetivo separar suas locomotivas das vias férreas operadas pela CPTM. Com o Ferroanel, os trens de carga passam a poder circular 24 horas por dia nas linhas segregadas.


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