Status das Linhas de Transporte
SITUAÇÕES DAS LINHAS
7 Linha 7-Rubi
Horário: Todos os dias, 4h às 0h
Rubi
Operando
10 Linha 10-Turquesa
Horário: Todos os dias, 4h às 0h
Turquesa
Operando
11 Linha 11-Coral
Horário: Todos os dias, 4h às 0h
Coral
Operando
12 Linha 12-Safira
Horário: Todos os dias, 4h às 0h
Safira
Operando
13 Linha 13-Jade
Horário: Todos os dias, 4h às 0h
Jade
Operando
8 Linha 8-Diamante
Horário: Todos os dias, 4h às 0h
Diamante
Operando
9 Linha 9-Esmeralda
Horário: Todos os dias, 4h às 0h
Esmeralda
Operando
1 Linha 1-Azul
Horário: Todos os dias, 4h40 às 0h
Azul
Operando
2 Linha 2-Verde
Horário: Todos os dias, 4h40 às 0h
Verde
Operando
3 Linha 3-Vermelha
Horário: Todos os dias, 4h40 às 0h
Vermelha
Operando
4 Linha 4-Amarela
Horário: Todos os dias, 4h40 às 0h
Amarela
Operando
5 Linha 5-Lilás
Horário: Todos os dias, 4h40 às 0h
Lilás
Operando
15 Linha 15-Prata
Horário: Todos os dias, 4h40 às 0h
Prata
Operando
6 Linha 6-Laranja
Horário: Em Construção
Laranja
Em Construção
17 Linha 17-Ouro
Horário: Em Construção
Ouro
Em Construção
AG Aeromovel GRU
Horário: Em Construção
Aeromovel GRU
Em Construção
EA Expresso Aeroporto
Horário: 5h à meia-noite
Expresso Aeroporto
Operando
Atualizado em: 28/08/2025, 06:47:00
Status replicado dos sites oficiais e atualizado de forma manual quando ocorrem falhas, não usar como fonte oficial. Ocorrências são postadas e atualizadas no perfil do Diário no X.

Linha 18-Bronze: O Monotrilho que virou BRT


A Linha 18-Bronze foi planejada como um marco na mobilidade da Região Metropolitana de São Paulo, prometendo conectar a capital ao ABC Paulista (Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) por meio de um moderno monotrilho elevado. No entanto, após anos de planejamento, entraves financeiros e decisões políticas, o projeto foi cancelado e substituído por um corredor de ônibus rápido, o BRT-ABC, que hoje avança lentamente como alternativa. Este texto reúne todas as informações disponíveis sobre a trajetória da Linha 18-Bronze, seu cancelamento e o status atual do BRT-ABC, com base em dados históricos, atualizações recentes e informações do site oficial do projeto (https://www.brtabc.com.br/), acessado em 20 de setembro de 2025.Origem e Planejamento do MonotrilhoA ideia da Linha 18-Bronze surgiu nos anos 1990, no âmbito do Plano Integrado de Transporte Urbano (PITU 2025), que identificou a necessidade de uma ligação rápida entre São Paulo e o ABC Paulista, uma região com cerca de 1,5 milhão de habitantes e tráfego intenso na Rodovia Anchieta. Em 2009, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC investiu R$ 1,3 milhão em estudos funcionais para viabilizar o projeto. O edital foi lançado em 2013, sob o governo Geraldo Alckmin (PSDB), e, em agosto de 2014, foi assinada uma Parceria Público-Privada (PPP) com a concessionária VEM ABC (formada por empresas como Primav Infraestrutura e Construtora Cowan).
O monotrilho teria 15,7 km na sua primeira fase (com possibilidade de extensão a 20 km), 13 estações e capacidade para transportar entre 314 mil e 340 mil passageiros por dia. A linha ligaria a Estação Tamanduateí (integrada às Linhas 2-Verde do Metrô e 10-Turquesa da CPTM) a bairros como Rudge Ramos, São Bernardo Centro e Industrial Balneário, com estações como Alvarenga, Mooca, Viaduto Cachoeira, Cerâmica 9 de Julho e Jabaquara. O trajeto seria percorrido em cerca de 25 minutos, utilizando tecnologia de monotrilho elevado, semelhante às Linhas 12-Safira e 15-Prata. O custo estimado era de R$ 4,2 bilhões para o Estado (valores de 2014), com um contrato total de R$ 7,8 bilhões ao longo de 25 anos de concessão, incluindo obras civis, sistemas e fornecimento de trens pela concessionária.
Projeto do antigo monotrilho da Linha 18-Bronze, que ligaria a capital paulista ao ABC Paulista, mas que foi encerrado pela gestão João Doria. — Foto: Reprodução


Atrasos e Cancelamento
Diário Oficial de SP traz extrato do acordo de indenização da Linha 18-Bronze.


As obras estavam previstas para começar em 2015, com operação entre 2020 e 2022, mas enfrentaram obstáculos significativos. A falta de recursos para desapropriações (orçadas em R$ 700 milhões) e restrições federais ao endividamento de São Paulo durante o governo Temer travaram o projeto. Apesar de sobreviver em 2018 sem avanços concretos, a Linha 18-Bronze foi cancelada em julho de 2019 pelo governador João Doria (PSDB), que anunciou a substituição por um BRT-ABC, operado pela concessionária Metra, do grupo empresarial de São Bernardo do Campo. A justificativa foi economia de custos e maior rapidez na implementação, mas a decisão gerou críticas por suposto favorecimento à Metra, que teve sua concessão no Corredor ABD renovada por 25 anos. O cancelamento foi histórico: pela primeira vez, uma linha de metrô planejada em São Paulo foi descartada.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) apresenta o projeto da Linha 18-Bronze, em foto de 29/01/2014. — Foto: Edson Lopes Jr./A2 FOTOGRAFIA/GESP



O impacto foi sentido no ABC, que perdeu a chance de ter a primeira linha metroviária fora da capital. Críticos, incluindo prefeitos da região e especialistas, apontaram que o BRT teria metade da capacidade do monotrilho, sendo uma solução paliativa e incapaz de atender a demanda de longo prazo. Além disso, o cancelamento desperdiçou anos de planejamento e os R$ 1,3 milhão investidos em estudos iniciais. Em maio de 2025, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) encerrou definitivamente o projeto, assinando um acordo com a VEM ABC para pagar uma indenização de R$ 273,5 milhões (base abril de 2023), corrigida pela Selic para cerca de R$ 335-347 milhões (valores de junho de 2025). Isso pôs fim aos litígios judiciais iniciados após o cancelamento, sepultando a Linha 18-Bronze.

O BRT-ABC: A Nova Realidade
Apresentação do antigo projeto da Linha 18 - Bronze do Monotrilho, encerrado pelo governo de SP em 2020.

O BRT-ABC, gerenciado pela Metra em parceria com o governo estadual, é a alternativa em curso para atender a demanda de mobilidade do ABC. Segundo o site oficial (https://www.brtabc.com.br/), acessado em setembro de 2025, o projeto consiste em um corredor de ônibus rápido de 17,3 km, ligando o centro de São Bernardo do Campo ao Terminal Sacomã, em São Paulo, pela margem esquerda do Córrego Ribeirão dos Meninos, passando por Santo André e São Caetano do Sul. As obras começaram em fevereiro de 2022, após a emissão da licença ambiental em outubro do mesmo ano, e estão divididas em duas fases.
A Fase 1, com 2,5 km, está quase concluída, abrangendo pavimentação e concretagem nas Avenidas Aldino Pinotti, Lauro Gomes e até Winston Churchill, em Rudge Ramos. Inclui uma parada moderna em frente ao Shopping Metrópole, em São Bernardo. A Fase 2, iniciada em 2025, cobre 15 km, com 13 paradas, três viadutos, quatro pontes e cinco passarelas. A Licença Ambiental de Instalação para essa fase foi emitida pela Cetesb em janeiro de 2025. Atualmente, quatro frentes de obra estão ativas: Terminal São Bernardo, Av. Lauro Gomes, Rudge Ramos (próximo à Universidade Anhanguera) e Rua Aída, em São Paulo. A conclusão está prevista para outubro de 2026, com operação a partir de 2026, embora atrasos devido a licenças e desapropriações sejam possíveis.
O BRT-ABC contará com 16 estações modernas, equipadas com plataformas elevadas, ar-condicionado, Wi-Fi, informações em tempo real e pagamento pré-embarcado para agilizar o embarque. Haverá três terminais (São Bernardo, Tamanduateí e Sacomã) e três tipos de serviço:
  • Expresso: 12 ônibus, 40 minutos até Sacomã, sem paradas intermediárias (intervalo de 4 minutos no pico).
  • Semiexpresso: 34 ônibus, 43 minutos, com paradas em estações-chave como Winston Churchill e Goiás (intervalo de 3 minutos no pico).
  • Parador: 30 ônibus, 52 minutos, parando em todas as estações (intervalo de 8 minutos no pico).
O sistema permitirá ultrapassagens nas estações, aumentando a eficiência, e será integrado ao metrô (Linhas 2-Verde e 5-Lilás via Tamanduateí e Sacomã) e aos corredores de trolleybus da EMTU. Linhas intermunicipais do ABC funcionarão como alimentadoras, conectando cidades como Diadema e Mauá aos centros maiores.Críticas e ImpactosEmbora o BRT-ABC seja apresentado como uma solução moderna, ele é alvo de críticas por sua capacidade limitada, estimada em cerca de metade da projetada para o monotrilho, o que pode levar à saturação rápida. Moradores do ABC, em plataformas como o X, expressam frustração com o cancelamento da Linha 18-Bronze, vista como uma solução mais robusta e de maior impacto social. Há quem lamente o "enterro" do projeto e sonhe com alternativas como a Linha 20-Rosa, planejada para 2040, mas ainda distante. O custo do cancelamento, incluindo a indenização de R$ 335-347 milhões e os estudos desperdiçados, é apontado como um prejuízo ao erário, enquanto o BRT é criticado por beneficiar interesses privados, como a Metra, em detrimento de uma integração plena com o metrô.ConclusãoA Linha 18-Bronze, que prometia ser a primeira linha metroviária a sair dos limites da capital, tornou-se um símbolo de oportunidades perdidas na mobilidade paulista. Cancelada em 2019 e oficialmente encerrada em 2025, foi substituída pelo BRT-ABC, uma solução mais barata, mas menos ambiciosa. Enquanto as obras do BRT avançam com previsão de conclusão em 2026, a ausência de um sistema de alta capacidade como o monotrilho continua gerando debates e insatisfação. O futuro do transporte no ABC segue incerto, com a população cobrando investimentos mais robustos para atender uma região tão estratégica.

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