Operários batem cartão e jogam dominó na futura estação Oscar Freire.
Metrô diz que se ritmo das obras não for retomado, romperá contrato.
Os canteiros de quatro futuras estações da Linha 4-Amarela do Metrô previstas para serem entregues em 2009 têm madeiras apodrecendo e vergalhões enferrujando. Segundo o SPTV, os funcionários das obras batem o cartão e ficam o dia inteiro sem trabalhar, jogando dominó, por exemplo.
No canteiro da futura estação Oscar Freire, na Zona Oeste da capital paulista, há um cartaz que anuncia o custo da obra de R$ 172 milhões, mas não informa o prazo para terminar. De cima de um prédio, a equipe do SPTV gravou que os funcionários contratados pelo Consórcio Corsan Corvian não fazem nada. Eles disseram que estão há cinco meses sem ter o que fazer, nem material para trabalhar, mas ficam na obra das 7h às 17h. Também há madeira apodrecendo e vergalhões enferrujando.
Segundo o Metrô, se o ritmo das obras não for retomado até o fim de fevereiro, o contrato com o consórcio deve ser rompido. A linha 4 terá 11 estações ao longo de 13 quilômetros, da Luz até a Vila Sônia. A obra começou em 2004 e foi prometida para 2009, mas até agora só sete estações foram entregues, a última, Fradique Coutinho, ficou pronta no final do ano passado.
Na futura Estação Higienópolis-Mackeinze, as obras começaram em 2012 e pararam no ano passado e o tapume permanece fechado. Na estação Morumbi, as detonações mal começaram e já pararam e na Vila Sônia há apenas material estocado.
O consórcio Isolux Córsan-Corviam diz que as empresas contratadas pelo Metrô atrasaram a entrega dos projetos e isso aumentou o prazo da obra em 50%. A empresa diz ainda que o Metrô demora para aprovar serviços que não estavam no contrato inicial e que estes atrasos impactaram nos custos de pessoal, equipamentos e materiais. A empresa nega que haja cimento estragado.
O Metrô diz que o consórcio recebeu todos os projetos necessários para o andamento e que está aplicando as punições previstas em contrato.
G1