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29 de setembro de 2016

Cinco são detidos suspeitos de fraudar passagens da CPTM

Flagrante foi na estação de Itaquaquecetuba.
Polícia Civil tem sete inquéritos abertos sobre fraudes das passagens.

Quatro pessoas foram detidas e uma menor apreendida, na última terça-feira (27), suspeitas de vender passagens com preços mais baixos na estação de Itaquaquecetuba. A polícia quer descobrir como as recargas clandestinas são feitas. Em julho, três pessoas foram presas na mesma estação, suspeitas de praticar a mesma fraude. No começo do mês, outras seis pessoas foram presas com 39 cartões recarregados clandestinamente. Segundo a polícia, na cidade já são sete inquéritos policiais e ao menos 20 suspeitos.

Para pegar o trem, o valor da passagem é R$ 3,80. Mas sempre tem alguém vendendo por menos na estação de Itaquaquecetuba. “Aqui todos os dias de manhã eles ficam na estação. Passam a catraca e ficam esperando pra receber o cartão”, disse a aposentada Ana Maria de Carvalho Oliveira.

“Falam que é só R$ 3. Já vi muita gente comprando. Há dois meses tem sido comum” contou a técnica de enfermagem Mariliti Jesus dos Santos.

O boletim de ocorrência diz que um policial ferroviário e dois militares observavam a movimentação na estação de trem e notaram a atitude suspeita de alguns indivíduos. Uma hora depois os policiais decidiram fazer a abordagem de cinco pessoas.

De acordo com o boletim de ocorrência, um dos homens detidos nesta terça recolhia os cartões dos passageiros dentro da estação. Outros dois homens, mais uma mulher e uma menor ficavam do lado de fora oferecendo recargas mais baratas. Eram a mulher e a menor que guardavam o dinheiro das vendas. Pouco mais de R$ 200. Já nos cartões apreendidos, de acordo com a polícia o valor total de recarga que os detidos ainda tinham para vender, era de R$ 1.600.

Os cartões são originais, segundo o delegado de Itaquaquecetuba. Agora é confirmar como as recargas clandestinas foram feitas neles. “Eles são recarregados de maneira fraudulenta, talvez através do meio eletrônico. É vendido valor atrativo, que é passado ao usuário por um melhor preço”, disse o delegado Francisco Del Poente.

De acordo com o delegado, vários inqueritos já foram abertos pra investigar as quadrilhas que tem movimentado muito dinheiro com as fraudes “É um valor alto, passa de milhões. Na nossa unidade temos sete inquéritos policiais, estamos averiguando o envolvimento mínimo de 20 pessoas. Precisamos orientar que quem está comprando o cartão, também está sujeito à investigação criminal.”

De acordo com a polícia, todos os detidos foram liberados, inclusive a menor de 16 anos porque é preciso exame pericial para a comprovação das fraudes. O caso foi registrado como falsificação de papéis públicos, associação criminosa e corrupção de menor. A CPTM informou que faz fiscalizações constantes pra evitar irregularidades e que colabora com as investigações da polícia.


G1