O Banco Mundial, financiador da segunda fase da linha 4-amarela do metrô de São Paulo, decidiu rescindir o contrato e abrir nova licitação para a construção das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, que devem ser entregues com atraso em relação ao cronograma atual.
A decisão tomada em conjunto com o governo de São Paulo deve-se a atrasos no ritmo das obras pelo consórcio vencedor Isolux Córsan-Corviam, que, segundo a administração paulista, desde o ano passado reduziu o número de funcionários, de equipamentos e de insumos para conclusão das obras.
O Banco Mundial, no entanto, decidiu não rescindir o contrato para a construção das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire.
O governo de São Paulo chegou a ameaçar realizar uma nova licitação, mas, segundo a reportagem apurou, a empresa espanhola garantiu que retomará o projeto até o fim de abril.
O lote 1 da segunda fase da linha 4-amarela previa a conclusão das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi, além da construção do pátio e do terminal de ônibus da Vila Sônia.
O Banco Mundial decidiu transferir a estação São Paulo-Morumbi para o lote 2, que inclui a estação Vila Sônia, um túnel e 1,5 km de trilhos em direção a Taboão da Serra (SP).
A expectativa é de que uma nova licitação seja realizada até o final do primeiro semestre deste ano, mas as obras devem ser iniciadas apenas no ano que vem.
Com isso, as duas estações, que eram previstas para o ano que vem, devem ser concluídas apenas em 2018.
As obras da segunda fase da linha 4-amarela foram iniciadas em abril de 2012, com contratos de R$ 559 milhões no total. Até o momento, foi entregue apenas a estação Fradique Coutinho, em novembro.
Em janeiro, o Metrô de São Paulo acionou o consórcio por causa da redução do ritmo da obras.
FolhaPress