Ele não tinha super poderes. Mas dentro das pistas podia voar. Virou herói. Referência. Ídolo de um país, que, nesse mesmo dia de maio, parou perplexo para ouvir a notícia de sua partida.
Há exatos 18 anos o Brasil se despedia de Ayrton Senna. Em 1º de maio, o Brasil perdia um dos seus maiores esportistas, venerado no mundo inteiro. Os brasileiros jamais esqueceram do piloto destemido, que elevou o nome do país em todos os cantos do planeta. Para homenagear Ayrton Senna, foi montada uma exposição no metrô de São Paulo.
Os carros passam por nós como mágica, em segundos. Rápidos como têm que ser, em uma exposição que homenageia o ídolo da velocidade.
Depois do passeio com ele por Interlagos, que tal parar um pouco para conferir a intimidade de Senna? Encontramos fotos inéditas, a blusa que ele usou na última entrevista, antes do acidente fatal, uma bíblia, com adesivo “Cristo Pole Position”.
“Em todos os lugares que ele ia, ele levava essa Bíblia. Ela está inteira grifada em amarelo, com as passagens que ele achava mais importantes”, conta o curador da exposição, Carlos Haag.
“Todo o nosso trabalho é conectado com os valores que o Ayrton deixou para o país”, destaca Irineu Vilanueva Júnior, do Instituto Ayrton Senna.
A morte de um ídolo como Ayrton Senna é um fato tão marcante que 18 anos depois, todos se lembram exatamente onde estavam e o que faziam quando a triste notícia chegou.
“A gente nunca esquece, porque realmente ele marcou a história do Brasil como líder, como uma pessoa carismática, uma pessoa bacana, um herói, digamos assim”, aponta um visitante da exposição
Bruno e Caio Tomáz, de 15 e 12 anos, não se lembram desse dia. Eles ainda nem tinham nascido. Mas encontramos os irmãos visitando a mostra que homenageia Ayrton Senna.
“Por tudo que ele fez na Fórmula 1, pelo Brasil, pelos títulos que ele já conquistou. É um piloto muito importante”, diz Bruno.
O Bom Dia foi a um lugar que parece um museu ou quase uma loja, com objetos em homenagem a Ayrton Senna, mas, na verdade, é a casa do Marcus Vinicius. “Minha coleção é composta com mais de 10 mil itens relacionados ao Ayrton Senna”, revela.
A coleção tem bonecos, réplica de macacão, de tênis, de capacete, capacete gigante e carros. Marcus Vinicius tinha 12 anos quando a admiração por Ayrton Senna começou. “Saindo da infância, a adolescência talvez tendo como um herói, como um ídolo e foi crescendo porque eu fui acompanhando todo o desenvolvimento dele, toda a dedicação, motivação que ele tinha. Parece que era uma pessoa da família”, diz.
A exposição sobre Ayrton Senna foi montada no Espaço Cultural da Estação República do Metrô, para que todos tenham acesso fácil às recordações do piloto. A entrada é de graça. De São Paulo, a mostra segue para o Rio de Janeiro e, depois, para Curitiba.
Fonte: Jornal de Floripa
