25 de agosto de 2016

Por renda extra, camelôs lotam vagões da CPTM

Dois, três e até quatro vendedores ambulantes oferecem de uma só vez os seus produtos em um mesmo vagão de trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A cena que se repetiu nas linhas 7-rubi, 11-coral e 12-safira é reflexo do aumento no número dos ambulantes, notada tanto por passageiros quanto pelos próprios vendedores.

Números da CPTM, sob gestão Geraldo Alckmin (PSDB), mostram que, no primeiro semestre deste ano, foram apreendidos por dia 4.794 itens dos ambulantes.

No semestre passado, a média diária era de 4.363 por dia. O aumento é de quase 10%.

Nos trens, entre os vendedores, a história se repete: perderam o emprego e a saída para continuar a pagar as contas foi a de vender balas, salgadinhos e até as pulseiras-relógio da Olimpíada, sensação do momento.

A CPTM atribui à crise econômica o aumento de ambulantes no sistema. Segundo a empresa, desde junho, intensificou os avisos nos trens e estações, alertando sobre riscos da compra dos produtos irregulares e aumentou a fiscalização.

A empresa oferece também canal telefônico de denúncia (9-7150-4949), que recebeu, de janeiro a maio, 3.753 denúncias de comércio irregular.

Lucilene Oliveira
do Agora