Imóveis são desapropriados por conta das obras de construção da nova estação de Suzano

Oficial de Justiça e policiais acompanham saída de comerciante.

A Justiça começou a determinar ontem a saída dos proprietários dos imóveis da rua Dr. Prudente de Moraes que serão desapropriados por conta das obras de construção da nova estação de Suzano da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da segregação das linhas de transporte de passageiros e de carga. Pela manhã, o comerciante Reginaldo Pereira de Lima, de 56 anos, foi o primeiro a deixar o local e o seu advogado, Wilson Gouveia, alega que a empresa estadual não quer indenizá-lo. A informação foi rebatida pela CPTM, que garantiu já ter depositado os valores da oferta inicial de todos os 42 imóveis que foram declarados de utilidade pública.

A ação contou com a presença de advogados do comerciante, da CPTM, da oficial de Justiça Marly Gonçalves Rosa Trigo e de policiais ferroviários.

De acordo com Gouveia, o proprietário teria 30 dias para entregar as chaves do imóvel. "O juiz abriu um processo de desapropriação onde foi feita a avaliação do imóvel. Depois, determinou a imissão na posse. Em seguida, o oficial teria 30 dias para entregar o mandado. Fomos avisados no último dia 27. Teríamos mais 20 dias", explicou o advogado. "Já estamos em grau de recurso. É um absurdo não pagarem a indenização", completou.


CPTM
A CPTM discordou da alegação do comerciante. Em nota, informou que já depositou os valores da oferta inicial de todos os imóveis que serão desapropriados; que os valores vêm sendo complementados, quando necessário, de acordo com as avaliações periciais e que os prazos para a desocupação foram determinados pelo Poder Judiciário, sendo que os ocupantes foram informados previamente por um oficial de Justiça.

Mogi News