29 de março de 2011

Regiões próximas às futuras estações da CPTM têm mais de 4 donos


Comerciantes de duas cidades da Grande São Paulo estão sendo despejados de suas lojas pela Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) - que se diz dona dos imóveis. Eles serão usados na ampliação de estações.

Há dezenove anos, uma casa de produtos nordestinos funciona na principal rua comercial de Francisco Morato, na Grande São Paulo. O dono paga regularmente o IPTU e mostra os alvarás em dia. Mesmo assim, terá de deixar o local. A CPTM entrou na justiça e conseguiu a reintegração de posse. A estatal alega ser dona de um lado da rua, no centro da cidade.

Além da CPTM, a União também alega ser a dona das lojas. Vários comerciantes receberam esta notificação do Ministério do Planejamento, que se diz responsável pela gestão dos entornos das ferrovias.

E por falar em outro dono, um empresário também alega ter a posse das terras desde 1922, quando foram registradas em nome da fazenda Belém. Ele também se sente lesado pela CPTM.

Com a entrada da União nesta disputa, milhares de imóveis, às margens das ferrovias, passam a ter pelo menos quatro donos diferentes. E o governo federal quer mais, reivindica a posse de 52 mil imóveis.

Em todo o país, seriam afetadas milhares de pessoas que vivem e trabalham ao lado das ferrovias. Ruas comerciais inteiras podem desaparecer, deixando um rastro de desemprego. Eband