Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) cobrou ontem publicamente o governo federal pelo atraso no início das obras para construção da Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí) do Metrô, que ligará o Grande ABC ao sistema metroviário da Capital. O contrato foi assinado em 2014, mas até agora nada saiu do papel. A administração paulista estima ser necessária a transferência de R$ 600 milhões para as desapropriações, etapa inicial do projeto.
“Nós aguardamos o financiamento federal. Não temos como executá-la se não tivermos o financiamento. O Ministério da Fazenda e a Secretaria do Tesouro Nacional ainda não deram um posicionamento. Se o financiamento sair amanhã, começamos (a construção) em seguida. A licitação foi feita. Com recurso próprio não (conseguimos fazer), talvez só uma parte, mas precisamos do financiamento federal para garantir a continuidade das obras”, disse, em visita a São Bernardo para entrega de dez ônibus elétricos articulados do Corredor ABD (São Mateus-Jabaquara).
O PSDB faz parte da base de sustentação do governo de Michel Temer (PMDB) em Brasília e foi um dos maiores defensores do impeachment de Dilma Rousseff (PT). Alckmin, entretanto, cogita nos bastidores ser presidenciável em 2018.
Em julho, a administração paulista resolveu apostar na renegociação da dívida com a União para obter nova classificação em relação à capacidade de endividamento, estando, então, habilitada a contrair empréstimos junto a bancos nacionais e internacionais. A decisão veio após o Estado esperar mais de um ano pelo aval do governo Dilma para captação de verba internacional para início das desapropriações de terrenos por onde o trilho irá passar.
Essa estratégia, no entanto, empacou porque o projeto de lei complementar 257 de 2016, que dispõe sobre mudanças na fórmula do cálculo das dívidas estaduais, ainda está aguardando apreciação no Senado, depois de ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados.
Por nota, o Ministério da Fazenda informou que não há empecilhos com relação à obra. “Em relação à Linha 18 do Metrô de São Paulo, havia, por parte da Secretaria do Tesouro Nacional, apenas necessidade de ajuste formal no PAF (Programa de Ajuste Fiscal) do Estado. Esse processo já foi devidamente finalizado, não havendo qualquer pendência nesta secretaria a respeito do tema.”
OBRAS
A construção da Linha 18 tinha o fim de 2018 como prazo para entrega, de acordo com o edital publicado em julho de 2013 e com o contrato assinado em agosto de 2014, mas o período foi estendido porque o governo federal indicou fatores técnicos, questionando a segurança do monotrilho.
O modal tem programação de 15,7 quilômetros de extensão, passando por Santo André, São Bernardo, São Caetano e São Paulo, ao custo de R$ 4,26 bilhões, divididos entre recursos públicos e do Consórcio Vem ABC, privado.
Vitória Rocha
Especial para o Diário do Grande ABC
“Nós aguardamos o financiamento federal. Não temos como executá-la se não tivermos o financiamento. O Ministério da Fazenda e a Secretaria do Tesouro Nacional ainda não deram um posicionamento. Se o financiamento sair amanhã, começamos (a construção) em seguida. A licitação foi feita. Com recurso próprio não (conseguimos fazer), talvez só uma parte, mas precisamos do financiamento federal para garantir a continuidade das obras”, disse, em visita a São Bernardo para entrega de dez ônibus elétricos articulados do Corredor ABD (São Mateus-Jabaquara).
O PSDB faz parte da base de sustentação do governo de Michel Temer (PMDB) em Brasília e foi um dos maiores defensores do impeachment de Dilma Rousseff (PT). Alckmin, entretanto, cogita nos bastidores ser presidenciável em 2018.
Em julho, a administração paulista resolveu apostar na renegociação da dívida com a União para obter nova classificação em relação à capacidade de endividamento, estando, então, habilitada a contrair empréstimos junto a bancos nacionais e internacionais. A decisão veio após o Estado esperar mais de um ano pelo aval do governo Dilma para captação de verba internacional para início das desapropriações de terrenos por onde o trilho irá passar.
Essa estratégia, no entanto, empacou porque o projeto de lei complementar 257 de 2016, que dispõe sobre mudanças na fórmula do cálculo das dívidas estaduais, ainda está aguardando apreciação no Senado, depois de ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados.
Por nota, o Ministério da Fazenda informou que não há empecilhos com relação à obra. “Em relação à Linha 18 do Metrô de São Paulo, havia, por parte da Secretaria do Tesouro Nacional, apenas necessidade de ajuste formal no PAF (Programa de Ajuste Fiscal) do Estado. Esse processo já foi devidamente finalizado, não havendo qualquer pendência nesta secretaria a respeito do tema.”
OBRAS
A construção da Linha 18 tinha o fim de 2018 como prazo para entrega, de acordo com o edital publicado em julho de 2013 e com o contrato assinado em agosto de 2014, mas o período foi estendido porque o governo federal indicou fatores técnicos, questionando a segurança do monotrilho.
O modal tem programação de 15,7 quilômetros de extensão, passando por Santo André, São Bernardo, São Caetano e São Paulo, ao custo de R$ 4,26 bilhões, divididos entre recursos públicos e do Consórcio Vem ABC, privado.
Vitória Rocha
Especial para o Diário do Grande ABC