20 de julho de 2016

Dia 26 de julho comemora-se o Dia do Esperanto, língua universal criada há 129 anos

Chefe da Estação Jundiaí, Eugênio Santos de Morais, participa do III Encontro de Inverno da Juventude Esperantista
 
“O esperanto vence todas as barreiras. Não pertence a nenhuma nação, nem religião, nem etnia”. Com essa definição, o chefe da Estação de Jundiaí, Eugênio Santos de Morais, explica a paixão pelo idioma que começou a estudar no início dos anos 1990.
 
Embora nenhum país tenha o esperanto como língua oficial, mais de dois milhões de homens e mulheres falam fluentemente o idioma, que está presente em 115 países. Para se ter ideia, dentre as mais de seis mil línguas existentes em nosso planeta, o esperanto figura dentre as 300 mais faladas.
 
Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, a Vila de Paranapiacaba receberá o 3º VINA - Encontro de Inverno da Juventude Esperantista. Com uma programação voltada para as atividades esportistas e culturais, a reunião tem como principal foco o turismo. O Chefe da Estação Jundiaí participará do evento, como guia de uma turma de jovens da cidade de Itupeva, onde reside. Aos 54 anos, Eugênio conta que o grupo reúne espíritas interessados em aprender o esperanto.
 
No entanto, uma pergunta é inevitável para todos os que praticam e são aficionados pelo Esperanto: por que não uma língua considerada “normal”, como inglês, francês ou outra qualquer? Eugênio responde que o esperanto é uma língua internacional e enfatiza que estudos realizados com crianças na Alemanha comprovaram que a linguagem tem um efeito pedagógico facilitador no aprendizado. “Quem aprende esperanto, tem 50% mais chance de aprender mais rápido qualquer outro idioma. É dez vezes mais fácil do que aprender inglês ou qualquer outro idioma”.
 
Praticante apaixonado, Eugênio iniciou seu aprendizado no período em que morava na Lapa e trabalhava na estação homônima da CPTM, onde atua desde 1984.  “O esperanto é uma língua com gramática muito simples, composta por 14 regras sem exceção”, observa Eugênio, que também dissemina o crescimento da linguagem Brasil afora, principalmente no Estado de São Paulo. “É uma língua nobre, que há mais de um século, contribuí para vencer as barreiras alimentadas pelas diferenças culturais, racionais e religiosas que ainda nos assombram nesse século 21”.

HISTÓRICO

O Dia do Esperanto é celebrado em 26 de julho, data que marca o lançamento do primeiro livro que apresentou a pronúncia, as regras gramaticais e o vocabulário da língua artificial. A linguagem auxiliar neutra foi criada, em 1887, pelo oftalmologista e filósofo polonês Ludwik Lejzer Zamenhof, para ser uma língua universal.

Aos 28 anos, quando lançou a ideia-base do esperanto como uma segunda língua para todos, Zamenhof acreditava que poderia se terminar com os litígios entre os povos se todos falassem a mesma língua.

Abalado pelas Guerras Mundiais, em 1954 o esperanto ganhou novo fôlego ao ser reconhecido pela ONU como língua. Desde então, o projeto de linguagem planejada transformou-se em uma língua viva, com cultura própria, mas internacional. O Esperanto não pertence a nenhuma nação, mas pertence a todos. A proposta é que cada povo continue a falar sua língua materna e use o esperanto nas comunicações internacionais

Nos anos 90, a linguagem foi impulsionada pela internet, que massificou sua utilização. Hoje em dia, acredita-se que existem dez milhões de falantes não fluentes e outros dois milhões de fluentes.

Em 15 de dezembro, data em que nasceu o criador dessa linguagem, também se comemora o Dia da Literatura em Esperanto ou o Dia de Zamenhof.
CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos