Ação dos agentes de segurança da Companhia de Trens Metropolitanos causou polêmica. Imagens foram gravadas por maquinista e pela CPTM.
Uma ação dos agentes de segurança da Companhia de Trens Metropolitanos provocou polêmica em São Paulo. Para prender um homem, que invadiu os trilhos com um facão e uma barra, um dos agentes atirou.
A ação foi gravada por um maquinista de um trem de carga e pela CPTM. O homem que invadiu a linha aparece com um facão e uma barra de ferro nas mãos. Cinco agentes de segurança da CPTM tentam contê-lo, mas não conseguem.
Um agente que dispara uma arma de choque, que lança dois dardos presos a fios quase invisíveis com corrente elétrica. Com o facão e a barra, o homem consegue se livrar dos fios e vai em direção aos agentes de segurança. Outro agente atira três vezes.
O maquinista que grava tudo se espanta: “Meu deus do céu, meu deus do céu. Atirou no cara”.
Antes dessas imagens, o que aconteceu foi o seguinte: o homem invadiu a linha e sentou-se no meio dela. O maquinista do trem que ia passar por ela foi esperto. E a uma distância de cerca de 200 metros, ele viu o homem sentado e acionou os freios. Se o maquinista tivesse visto o homem mais para frente, ou seja, em uma distância menor, talvez ele não tivesse conseguido parar o trem a tempo.
Atingido no braço por um dos tiros, o homem foi levado ao hospital e passa bem. A cena dos agentes atirando no homem divulgada nas redes sociais gerou polêmica. Uma moça escreveu: "estão apenas agindo em defesa". Já um rapaz disse: "Precisa atirar para conter? Cadê o preparo desses profissionais?".
O especialista em segurança Diógenes Lucca disse que ação dos agentes da CPTM foi inadequada. E que eles deveriam ter chamado a Polícia Militar.
“É preciso um processo de negociação conduzido por profissionais experientes. O uso de arma de fogo é sempre o último recurso, é pra proteger a vida do agente ou de um terceiro inocente”, diz.
O gerente de segurança da CPTM disse que os agentes tentaram acalmar o homem na conversa. Mas ele resistiu.
“Em ação de legitima defesa, a equipe disparou, e procurou atingir uns seguimentos mais extremos do corpo humano, evitando a zona centra, que poderia ter causado a morte do indivíduo”, afirma o gerente de segurança da CPTM, Iran Figueiredo Leão.
G1