2 de junho de 2015

Sindicatos decidem por greve em ao menos 4 linhas da CPTM na quarta

Paralisação das linhas 7, 10, 11 e 12 acontece após audiência sem acordo. Categoria terá nova votação às 14h da quarta para decidir continuidade.

Sindicatos de ferroviários decidiram em assembleia na noite desta terça-feira (2) entrar em greve a partir da 0h de quarta-feira (3). O Sindicato dos Ferroviários de São Paulo confirmou a paralisação das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da 0h até pelo menos as 14h, quando haverá nova assembleia. O Sindicato dos Trabalhadores da Central do Brasil também decidiu parar as linhas 11-Coral e 12-Safira.

G1 aguardava posicionamento do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, que responde pelas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.

O desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), determinou que deve ser mantido um contingente de 90% do efetivo de maquinistas e 70% dos demais profissionais entre 4h e 10h e entre 16h e 21h. Nos demais horários, 60% dos funcionários devem trabalhar. A liminar também impede que os trabalhadores efetuem a “liberação de catracas”. A multa diária para o descumprimento é de R$ 100 mil.

Negociação

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e os sindicatos que representam os ferroviários se reuniram nesta terça-feira (2), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não chegaram a um acordo quanto ao reajuste salarial da categoria. A CPTM ofereceu duas propostas, que serão levadas às assembleias da categoria, que acontecem às 18h desta terça-feira. Os sindicatos que representam os trabalhadores das demais linhas ainda definem em assembleia se participam da paralisação.

Esta foi a terceira audiência de conciliação no TRT. Os ferroviários reivindicam 7,89% de reajuste salarial mais 10% de aumento real.  A próxima reunião no TRT está marcada para o dia 11, às 13h.

A companhia propôs reajuste salarial com base no IPC, de 6,6527%, com adicional de 1% e reajuste de 10% sobre os benefícios. A segunda oferta é de reajuste linear de 8,25% sobre salário e benefícios. O conselho de conciliação do TRT sugeriu ainda um reajuste de 6,6527% (IPC) + 1% de reajuste e 15% de aumento nos benefícios.

Durante a reunião, a CPTM chegou a oferecer 8,5% de reajuste salarial e de benefícios, mas, durante o recesso da audiência, a diretoria da empresa foi contra a proposta.

O presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, responsável pelos trabalhadores pelas linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, acredita que a assembleia deve rejeitar as propostas da companhia.

Metroviários
Na noite desta segunda-feira (1º), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu aceitar a proposta de reajuste salarial feita pelo Metrô em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região.

Pela proposta o Metrô aumentou o reajuste dos salários de metroviários e engenheiros de 7,21% para 8,29%. Os dois sindicatos que representam as categorias pediam reajuste de 18,64% e 17,01%, respectivamente, mas na assembleia decidiu aceitar a proposta da empresa. Com isso, não haverá greve no Metrô de São Paulo.

O Metrô também ofereceu 10% de reajuste para vale-alimentação e vale-refeição desde que os trabalhadores aceitem a nova forma de pagamento da participação nos resultados da companhia, em parcela fixa mais 40% atrelados a metas. Atualmente só os 40% são vinculados a metas. "Foi uma conquista importante da categoria. Não é o que a gente queria mas na conjuntura atual foi o que conseguimos", disse o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior.

G1