7 de dezembro de 2013

Frota reformada do metrô de SP coloca em risco integridade

Um levantamento obtido com exclusividade pela Rádio CBN mostrou que os trens da frota K, que circulam pela linha 3-Vermelha, apresentaram ao longo de 30 dias quase 700 falhas técnicas.

Portas que se abrem com o trem em movimento, sistema de freios ineficiente, um descarrilamento e até um incêndio. Todos esses problemas aconteceram com trens da frota K. As composições viraram o pesadelo dos condutores do metrô.

Funcionários que concordaram em denunciar os problemas testemunhados todos os dias desde que tivessem a identidade preservada relatam o que acontece:

“Quando eu vejo que é a frota K já fico com receio de pegar o trem para operar. Você não consegue imaginar o que pode acontecer durante a circulação e você que está no comando é que vai ter que tentar resolver alguma situação emergencial”, conta um deles. Já outro profissional desabafa: “Você não sabe se sai de Itaquera e chega em Barra Funda ou se (o trem) vai parar no meio do caminho.”

O diretor de Operações do Metrô de SP, Mario Fioratti, minimiza a gravidade dos incidentes. Segundo ele, as composições reformadas estão em fase de adaptação e, por isso, acabam tendo mais problemas. Fioratti garante que os trens da frota K são seguros. “Os trens da frota K têm atendido plenamente ao conforto dos usuários e à segurança. Não há absolutamente nenhuma restrição.”

No entanto, para os funcionários, o número de falhas e a gravidade delas são a prova de que existe risco: “O trem andar devagar é o menor dos riscos que o usuário corre. Há risco de ele (o trem) abrir porta para o lado oposto. Então é indiscutível que há risco para quem está usando e para quem está operando o trem”.


Rádio CBN