6 de outubro de 2013

Manifestantes se reúnem na ciclovia do rio Pinheiros contra possível interdição

Preocupados com uma possível interdição de aproximadamente 4 km da ciclovia do rio Pinheiros, usuários da via fizeram uma manifestação no local na tarde deste domingo (6). Segundo a reportagem apurou, cerca de 70 pessoas se reuniram no local.

O Metrô havia informado que, a partir de segunda-feira (7), o trecho entre as estações Granja Julieta e Vila Olímpia ficaria interditado por dois anos por conta das obras do monotrilho da linha 17-ouro. Na quarta-feira passada (2), porém, o governo de São Paulo suspendeu a interdição.

Mesmo com a suspensão, a manifestação de hoje foi mantida, pois os ciclistas temem que futuramente a decisão seja anulada e que se decida pelo bloqueio, conforme explicou o organizador do evento, o analista de sistemas Rodrigo Vicentim, 34, que também coordena, pelo Facebook, o evento "Não fechem a ciclovia do rio Pinheiros".

"O objetivo da manifestação de hoje é fazer com que as pessoas, principalmente as que não usam a via, conheçam a ciclovia e saibam qual trecho pode ser interditado", disse Vicentim. "É um movimento pacífico."

Os manifestantes partiram da estação de trem Vila Olímpia, por volta das 15h30 deste domingo, passaram pela ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira (zona sul de SP) e terminaram o trajeto na ponte João Dias. O percurso soma cerca de 4 km.

Para o publicitário Luiz Eduardo Correa, 34, que esteve na manifestação, a interdição do trecho prejudicaria sua prática de esporte. "Uso a ciclovia para trabalhar todos os dias, são 25 km entre Perdizes e Interlagos. Se houver a interdição, vou perder meu esporte diário", diz.

Outra que se sente prejudicada com o possível fechamento da ciclovia é a fotógrafa Fernanda Porto, 31. "Não uso para trabalhar, mas venho aqui bastante no fim de semana. Primeiro, eles nos dão uma oportunidade de relacionamento com a cidade e agora que dá certo querem tirar. Não dá assim", reclamou.

A assessoria de imprensa do Metrô informou que o "Metrô, a CPTM e os representantes dos ciclistas estão conversando em busca de uma solução que atenda a todos".

GUSTAVO MIRANDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA