O ir e vir de trem entre cidades da região ou São Paulo ficou mais caro. O preço do bilhete do subúrbio passou de R$ 3,00 para R$ 3,20 e desagradou muitos usuários ontem. A reclamação é de que os vagões sempre estão lotados e que a demora no deslocamento é grande, ainda mais agora com obras nas linhas.
Para quem usa o trem duas vezes ao dia, cinco vezes por semana, o aumento na tarifa vai resultar agora em R$ 8 a mais por mês. A alta foi de 6,6% na passagem e pode não parecer muito, mas mexe com o bolso de milhares - são cerca de 391 mil embarques/desembarques ao dia na Estação Ferroviária de Jundiaí. “Quem ganha um salário mínimo conta cada centavo”, afirma o pintor Wanderson da Costa Farias.
Ele mora em Francisco Morato e trabalha em Jundiaí. Para isso usa diariamente o serviço da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). “É muita coisa para um serviço ruim, que vive atrasando.”
O mesmo aponta o encarregado Sérgio Ribeiro de Melo Junior. Ele usa o subúrbio para ir a São Paulo todo dia. “Os R$ 0,40 vão pesar, com certeza. Se as condições não fossem tão precárias e se os trens funcionassem como o Metrô, com horário mais amplo e mais rápido, valeria pagar, mas nessas condições não dá”.
O encarregado ainda usa o transporte urbano, que na Capital acabou de ser reajustado também para R$ 3,20. Agora, ele espera para ver o quanto vai subir aqui em Jundiaí. “Todo mundo sabe que vem aumento aí”, conta. A prefeitura reconhece ter montado uma equipe para estudar para quanto vai a tarifa dos ônibus.
“É muita coisa que vai se somando e dá um dinheirão no fim do mês”, atesta Anderson da Costa Faria.
MAIS
18,8% é o quanto quem ganha o salário mínimo usará com o ir e vir de trem por mês
É muito alto
O economista Guilherme Campos alerta: “É preciso avaliar caso a caso, mas o ideal é que o gasto com o transporte seja de até 15% do que se ganha. Uma família que tem uma renda em torno de R$ 2 mil deve gastar, por exemplo, algo na casa dos R$ 300 com transporte”, explicou.
E a desoneração?
O governo federal decidiu desonerar as passagens de ônibus e Metrô de PIS e Cofins. A alíquota de 3,65% será zerada a partir deste mês. Mas será que o usuário vai ser beneficiado ou só quem transporta?
Rede bom dia
ALINE PAGNAN
aline.pagnan@bomdiajundiai.com.br
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