13 de junho de 2013

Greve afeta 4 linhas da CPTM e fecha estações na Grande SP

Funcionários das linhas 8-Diamante, 9-Esmeralda, 11-Coral e 12- Safira anunciaram greve a partir da meia-noite desta quinta-feira,13. Categoria não aceitou proposta do governo que incluia reajuste salarial de 8,56%. A SPTrans informou que vai colocar todos os 15 mil ônibus à disposição durante todo dia, o Metrô também irá reforçar a operação em todas suas estações. Estima-se que 1,1 milhão de usuários devem ser prejudicados devido à greve.

A linha 9-Esmeralda está completamente paralisada. A linha 11-Coral não opera entre as estações Guaianases e Estudantes e a linha 12-Safira não tem trens entre as estações Engenheiro Manuel Feio e Calmon Viana, informa a CPTM. A linha 8- Diamante segue com movimentação reduzida e as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa funcionam normalmente.

O Metrô informa que, devido à greve, irá estender o horário da operação máxima em todas as linhas e também irá reforçar o número de funcionários nas estações. A CET informou que o rodízio municipal de veículos está mantido. Já a SPTrans, que gerencia os ônibus municipais, informou que vai manter 100% da frota, de 15 mil veículos, em operação no dia todo. Em situações normais, esse efetivo só é empregado nos horários de pico.


Demora. Passageiros acostumados a pegar o trem em Santo Amaro, zona sul da capital, tiveram que pegar uma fila de cerca de 800 metros na manhã desta quinta-feira, 13, para conseguir entrar em um ônibus que fizesse o mesmo trajeto que a Linha 9 - Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Os funcionários da linha entraram em greve à zero hora desta quinta-feira por tempo indeterminado. Eles pedem aumento de salário. A espera pelos ônibus disponibilizados gratuitamente pela SPTrans chegava a uma hora, segundo alguns usuários. A chegada de cada veículo era seguida por confusão, pois algumas pessoas tentavam furar fila.

A maior parte dos passageiros só soube da greve da CPTM hoje de manhã, quando chegaram à estação. Os usuários reclamaram da falta de organização para pegar o ônibus.  "Se não bastasse a gente pagar caro na tarifa, ainda tem que aguentar uma coisa dessas. Está uma bagunça isso aqui", disse a auxiliar administrativa Maria Gorete da Silva, de 38 anos. Ela havia saído de casa, no Capão Redondo, às 6h45. Apenas às 8h20 conseguiu pegar o Paese.


Negociação. A CPTM, que foi formada pela união de três empresas de transporte de passageiros sobre trilhos, tem três sindicatos que representam seus funcionários. A greve é por uma rediscussão do plano de carreira dos ferroviários, pelo pagamento de um adicional de risco de 15% sobre os salários dos funcionários que trabalham nas estações e pelo pagamento de vale-alimentação no valor de R$ 248. Uma nova assembleia dos ferroviários está marcada para as 14h desta quinta-feira, 13.

O sindicato da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, que representa os funcionários das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, fez acordo com o Estado para evitar a paralisação.


G1

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