14 de junho de 2013

Funcionários da CPTM encerram greve

Mais de 1,4 milhão de passageiros são prejudicados por conta da paralisação, suspensa após audiência

Menos de 20 horas após parar todas as atividades e deixar mais de 1,4 milhão de pessoas sem transporte, os funcionários da CPTM decidiram ontem, no início da noite, retornar ao trabalho. Por volta das 20h30 os trens começaram a circular após um dia de caos para quem usa diariamente as linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú),  11-Coral (Luz-Guaianases-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana).

Nas três últimas,  o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana desrespeitou a determinação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de manter 100% da operação entre 6h e 9h e das 16h às 19h e 75% nos demais horários.

Várias estações desses ramais amanheceram fechadas e ficaram assim durante todo o dia. Na Linha 8, os trens chegaram a circular de manhã, mas, depois, o tráfego ficou restrito entre as estações Itapevi e Barra Funda. Na Linha 9, no início da noite, a circulação funcionou somente entre as estações Grajaú e Pinheiros.

“Estou no meu trabalho há menos de um mês. Isso não poderia estar acontecendo”, lamentou a auxiliar administrativa Ana Cláudia Lopes, depois de mais de três horas esperando uma maneira para embarcar rumo a Granja Julieta, Zona Sul.

Para tentar aliviar o drama de quem depende dos trens, a Prefeitura acionou o Paese, sistema emergencial de ônibus gratuitos. Ao todo, 213 veículos  integraram a operação. Além disso, toda frota de 15 mil ônibus foi para a rua.   Mesmo assim, a cidade registrou, segundo a CET, o 4 maior índice de congestionamento do ano no período da manhã, com pico de 148 quilômetros às 11h. A média para o horário é de menos de 90 quilômetros. O rodízio de carros foi suspenso à tarde. O da manhã teve todas as  multas canceladas.

Diário de SP
EDUARDO ATHAYDE
especial para o diário