31 de maio de 2013

Paralisação nos trens não gera transtornos

Foto: Mayara de Paula
Apesar da fila de espera de quase dez minutos para conseguir entrar no ônibus do Paese, não houve confusão ontem na Linha 11 da CPTM

A parada programada para ontem pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre as estações Calmon Viana e Estudantes da Linha 11-Coral para obras de modernização, não gerou muitas filas para quem aguardava os ônibus do Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) para seguir viagem. De acordo com um funcionário da CPTM, a parte mais crítica era quando chegava algum trem que vinha da estação Guaianazes. "De maneira geral está indo bem, é claro que tem alguns picos quando os trens chegam e aí sim se forma algumas filas", explicou o empregado, que pediu para não ter o nome revelado.

O Dat permaneceu na estação Calmon Viana durante a chegada de uma composição e constatou que eram necessários três ônibus para suprir a quantidade de passageiros. A espera, embora não fosse maior do que dez minutos, acabou irritando alguns usuários do sistema. "Acho um absurdo ter que parar os trens. Agora temos que descer e pagar um ônibus para seguir viagem", explicou a ajudante geral Francisca Soares da Silva, que mora em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Ela reclamou também da falta de avisos sobre a paralisação marcada para ontem. "Faltou avisar melhor. Se eu soubesse que estaria assim hoje nem teria saído de casa".

Marinil Santos, moradora da Cidade Tiradentes, bairro da zona leste da capital, também se mostrou irritada com a interrupção do serviço. Trabalhando como vendedora em Mogi das Cruzes, a mulher explica que serviços como esses deveriam ser realizados fora do horário de circulação. "Acho que seria melhor se fizessem isso de madrugada, assim não precisariam tirar a gente do conforto do trem para pegar fila de ônibus".

Conformado com a situação, o aposentado Vantuil Araujo da Silva, de Ermelino Matarazzo, também na zona leste de São Paulo estava indo para um velório em Suzano e acredita que a paralisação é para melhorar o sistema. "Se é para ficar melhor não vejo problema. É possível aturar um dia de transtorno em beneficio de outros melhores", concluiu o aposentado.

Fonte: DAT


Fábio Miranda
De Poá