4 de março de 2013

Usuários da CPTM se arriscam no embarque

Irregularidades nas plataformas obrigam os passageiros de trens a se arriscarem na hora de embarque e desembarque, situação mais crítica é na estação de Braz Cubas / Gustavo Rejani
Os mogianos que utilizam a Linha 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) convivem diariamente com o risco de acidentes nas plataformas. Os passageiros precisam redobrar a atenção ao entrar e sair dos vagões, em razão dos enormes vãos que precisam ser vencidos pelos usuários. A CPTM alega que o problema se deve ao compartilhamento dos trilhos com os trens de carga, que são mais largos. Porém, consultada, a estatal não informou qual a perspectiva de solução para a questão. A reportagem de O Diário percorreu, nos últimos dias, o trecho entre as estações Estudantes, no Shangai, e Jundiapeba, no distrito de mesmo nome, e verificou as dificuldades encontradas pelos usuários do transporte público ferroviário em Mogi das Cruzes.

A reportagem circulou pelos trens da CPTM nos dias 22 e 25 de fevereiro e flagrou várias cenas de pessoas com dificuldades para subir e descer dos trens. Em alguns pontos, as composições ficam abaixo da linha da plataforma, em outros ficam bastante acima. De longe, a estação Braz Cubas é o alvo das maiores queixas.  Lá, O Diário constatou que o Expresso Leste fica acima da linha dos joelhos de muitos passageiros, que são obrigados a fazer esforço para subir nos vagões. Para idosos e crianças a dificuldade é maior. Entre uma parada e outra, a reportagem conversou com os usuários e ouviu os mais diversos relatos envolvendo os vãos das plataformas. Ninguém chegou a dizer que se machucou, mas todos tinha uma história para contar.

CPTM

Consultada sobre o problema, a CPTM informou, por meio de nota, que “a questão da distância entre os trens e a plataforma é decorrente da necessidade do compartilhamento das vias com os trens de carga, já que estes são mais largos que os trens de passageiros”. A estatal procurou destacar que “está em andamento projeto do Governo Federal para implantação do ferroanel, que consiste na construção de vias exclusivas para os trens de carga. Na região do Alto Tietê, a MRS Logística está realizando obras de segregação da via férrea, no trecho de Itaquaquecetuba, que também converge para a solução do problema”.

As obras mencionadas pela CPTM, no entanto, não beneficiam as quatro estações instaladas em Mogi das Cruzes. A estatal não explicou qual a solução prevista para o trecho da linha que corta o Município. Na nota, encaminhada pela Assessoria de Imprensa, a Companhia informou que “para minimizar esse vão, equipou os trens com estribos (extensores de piso) na região das portas. Os usuários também são alertados por meio de avisos sonoros emitidos nos trens e estações, sobre os cuidados durante o embarque e desembarque”. (Júlia Guimarães)

O Diário de Mogi


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