8 de novembro de 2012

Fluxo na estação Pinheiros da CPTM mais que dobra


Com as transferências com o metrô, por meio da linha 4-amarela, o número de passageiros que embarcaram na estação Pinheiros da linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) mais do que dobrou neste ano, se comparado com todo o ano passado.

Até setembro deste ano, 23,9 milhões de passageiros (87.440 por dia) utilizaram a estação. Em todo o ano de 2011, foram 11,6 milhões (31.831 por dia), segundo dados obtidos pela reportagem com a CPTM.

Se comparado com o ano de 2010, quando a estação recebeu 2,1 milhões (5.762 por dia), o crescimento foi cerca de dez vezes maior.

A ligação gratuita em horário integral com a estação homônima da linha 4-amarela, em outubro de 2011, permitiu uma conexão mais rápida com as regiões das avenidas Paulista e Faria Lima e com as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha.

Antes, para chegar à região central, muitos passageiros vindos da zona sul precisavam ir até a estação Presidente Altino, próxima à divisa com Osasco (Grande São Paulo), para fazer uma integração com a linha 8-diamante da CPTM e só então chegar ao metrô, na estação Palmeiras-Barra Funda, da linha 3-vermelha.

Para chegar à Luz, ainda era necessária outra integração, com a linha 7-rubi da CPTM.

A companhia aponta mais uma variável para o boom na estação Pinheiros: a inauguração de novas estações na linha 2 do metrô --Tamanduateí, em agosto de 2010, e Vila Prudente, em setembro de 2011.

No mesmo período, as estações Grajaú e Santo Amaro ganharam 3 milhões e 4 milhões de passageiros, respectivamente. Por outro lado, a estação da Luz perdeu 7,6 milhões de passageiros --queda de 46,02 milhões em 2010 para 38,41 milhões em 2012.

Editoria de Arte/Folhapress

Movimento de passageiros na estação Pinheiros
'LINHA QUE DEU CERTO'

O consultor em transporte Marcos Bicalho diz acreditar que o aumento da demanda na estação Pinheiros se deve "ao sucesso de uma linha que deu certo. As pessoas querem usar, mesmo que tenham que enfrentar a lotação".

É o caso da analista de marketing Angélica Santiago, que diz preferir deixar o carro em casa e ir para o trabalho, próximo à estação Faria Lima, na zona oeste, de trem e metrô. Ela mora na região do Grajaú, na zona sul, e passa pela estação Pinheiros todos os dias.

"Apesar da lotação, não pego trânsito e chego na hora."

Para Bicalho, o aumento da demanda em Pinheiros traduz a necessidade da ampliação do transporte público. "O importante é que tenhamos mais alternativas. O ruim é as pessoas usarem o carro."

Folha