1 de outubro de 2012

Metrô critica ameaça de 'greve inútil' e diz que sindicato quer fazer SP 'refém'


Metroviários marcaram paralisação para esta quinta-feira, 4 de outubro. Na quarta-feira (3), sindicato realiza nova assembleia para analisar possível proposta ou detalhes da greve

O Metrô de São Paulo divulgou uma nota à imprensa nesta segunda-feira (01) em que critica a postura dos metroviários da capital, que marcaram greve para esta quinta-feira (04). Uma nova assembleia está marcada para quarta-feira (03), data final dada pela categoria para que seja apresentada uma nova proposta do governo.

"A assembleia vai servir para avaliar eventual proposta que seja apresentada pelo Metrô ou, caso não tenha proposta, para organizar a greve", disse o diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Ciro Moraes. Como parte do processo de mobilização, será distribuída "carta aberta à população" na Sé, nesta terça-feira, a partir das 17h.

Segundo o Metrô, a empresa mantém sua disposição de negociar com os metroviários. No comunicado, a companhia afirma que "estranha a decisão, tomada por um grupo inexpressivo de sindicalistas, de precipitar uma greve inútil para a categoria e cruel para a população de São Paulo. Diante disso, caso a decisão do sindicato seja mantida, o Metrô fará o que estiver a seu alcance para proteger o direito dos usuários".

O Metrô ainda diz que lamenta a programação de uma nova greve na cidade e lembra que isso acontece com um intervalo menor que quatro meses  e às vesperas de uma eleição. "Programada para ser deflagrada a quatro dias das eleições municipais, e fora da data-base dos metroviários (maio), a greve, caso realizada, deixará sem transporte 4 milhões de passageiros. Prejudicará ainda o resto da população de São Paulo, com seus efeitos nefastos sobre o trânsito e, consequentemente, sobre os serviços essenciais prestados por policiais, bombeiros e socorristas. Além de paralisar a economia da maior cidade da América Latina, que, assim como a população, ficará refém dos interesses de uma minoria sindical".

Por fim, o Metrô afirma que não se nega a negociar com os sindicatos. Segundo a nota, "a empresa orgulha-se de ser uma das que têm a melhor média salarial do Estado - R$ 4.060,00 - além de uma extensa lista de benefícios oferecidos a todos os empregados, como uma das melhores assistências médicas do país, auxílio-creche-educação até os 7 anos de idade e participação nos resultados".

Os metroviários estão em estado de greve desde o último dia 13 e dizem que deram prazo para que o Metrô apresentasse proposta que agrade aos funcionários . Segundo o sindicato, a companhia não teria oferecido nenhuma nova proposta.

IG