17 de março de 2012

Análise: Acelerar obras não depende só dos profissionais

                                  
Precisamos analisar esse convênio em partes. Primeiramente, no que envolve investimentos, o Plano Plurianual vigente, que vai até 2015, prevê para a área de transportes investimento de R$ 45 bilhões. Parte vem do Tesouro do Estado, parte vem de organismos financiadores, e parte das Parcerias Público-Privadas. Mas, para atrair os parceiros, é preciso projetos de viabilidade que garantam uma taxa de retorno atraente, senão ele não vem. Duvido que empresas de construção venham para cá. Mas as empresas de engenharia, sim.

O Metrô tem número suficiente de profissionais para execução dessas obras. Mas, na década de 1990, muitos não tinham mercado de trabalho, resultado da paralisação do setor. E todos os outros metrôs do Brasil tiveram apoio técnico paulista. Os profissionais que já se aposentaram ainda trabalham, até na China. Não é a quantidade de profissionais que vai acelerar as obras. Há o arcabouço jurídico que não conseguimos vencer. A Linha 17-Ouro (no Morumbi), por exemplo, não está parada por falta de profissionais nem de recursos, mas de licença ambiental.

Estadão

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