18 de fevereiro de 2012

Risco sobre trilhos

Pela terceira vez em sete meses, trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) se chocaram na Grande São Paulo.


O acidente aconteceu na manhã da quarta-feira, na estação Vila Clarice, na zona norte da capital. Ao todo, 51 passageiros sofreram ferimentos.


As outras duas colisões aconteceram em 13 de julho de 2011, com 42 feridos, e em 26 de janeiro deste ano, com seis feridos. Feitas as contas, são 99 pessoas vítimas em sete meses. Por sorte ninguém morreu.
Locomotiva bate em trem na Estação Vila Clarice  da CPTM
Essas ocorrências causam preocupação. Quem usa os trens, e já são quase 3 milhões por dia, fica com a pulga atrás da orelha. O que estará acontecendo?


Até aqui, a CPTM tem atribuído os problemas a falhas humanas. Tudo bem, mas essas pessoas que teriam falhado estão sendo bem treinadas? As condições de trabalho são boas? O sistema é eficiente?


Acidentes acontecem, sabemos todos. Mesmo em países muito cuidadosos e rigorosos com as normas de segurança, como os europeus, os desastres ocorrem.


O que vemos em São Paulo, no entanto, está fazendo a preocupação passar dos limites.


O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo lançou a suspeita de que um dispositivo de segurança que impede a aproximação de trens teria sido desligado. Mas a CPTM negou essa versão.
Descarrilamento na Linha 9 da CPTM
O governo do Estado, que promete dar qualidade de metrô a parte da rede de trens, promete reduzir o intervalo entre as composições para três minutos até 2014. Hoje, em média, o intervalo é de seis minutos.


A medida é ótima para o usuário. Mas para isso é preciso ter segurança.


Fonte: Agora SP


Fotos dos acidentes