27 de novembro de 2011

Um das vítimas atingidas por trem em SP é de nacionalidade espanhola

Segundo a CPTM, grupo não seguiu normas de segurança da empresa.
Atropelamento que resultou em 3 mortes ocorreu na Linha 11-Coral.


De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia do Metrô, uma das vítimas atropeladas por um trem da Linha-11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na madrugada deste domingo (27), era de nacionalidade espanhola. O engenheiro Jose Julian de Dios Clarament era um dos funcionários da fabricante de trens espanhola CAF. O engenheiro Márcio Luís Alves de Souza e o técnico Sérgio Eduardo Batista de Souza são as outras duas vítimas do atropelamento.
A CPTM informou, por meio de nota, que as três pessoas que morreram atropeladas por uma composição não seguiam as normas de segurança da empresa. Uma das vítimas era um funcionário da companhia. A assessoria de imprensa da empresa espanhola no Brasil não foi localizada pela reportagem do G1 para comentar o caso.
Segundo a CPTM, as vítimas realizavam testes em uma nova composição. Elas estacionaram o trem na oficina que fica na região do Belém, na Zona Leste da capital paulista. Em seguida, seguiram caminhando sobre os trilhos, o que não é permitido nem mesmo a funcionários da empresa. A CPTM vai apurar o caso.
A CPTM informou ainda que uma quarta pessoa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Ela ficou em estado de choque com o acidente e recebeu acompanhamento psicológico nesta manhã.
" A Companhia está prestando suporte às famílias das vítimas e apurará os motivos do descumprimento das normas de segurança", diz a CPTM, em nota emitida nesta manhã.
Em uma segunda nota enviada à imprensa, às 16h deste domingo, a CPTM esclareceu que o "grupo estava destacado para realizar testes em um novo trem que está sendo entregue pela empresa espanhola". Segundo o comunicado, "após o término dos trabalhos na composição, que ficou estacionada no pátio anexo ao complexo de oficinas, na região do bairro Belém, o grupo seguiu caminhando sentido Estação Brás sobre a via dos trens. Essa prática é proibida".

A companhia ressaltou "que apenas empregados que realizam serviços diretamente sobre o leito ferroviário têm permissão para transitar sobre as vias e durante o período de execução do trabalho, devidamente uniformizados". Além disso, "outras medidas de segurança são adotadas durante as obras, como interrupção da circulação dos trens no trecho".