Do Tucuruvi ao Jabaquara: passageiro reage como “manada” na Sé

Sair de casa para trabalhar utilizando o metrô de São Paulo é o que todo especialista de trânsito afirma ser o correto a se fazer. Mas a possibilidade de demorar para embarcar devido às filas nas plataformas e às frequentes paradas para "aguardar o trem à frente" no horário de pico da manhã garante atraso na chegada ao serviço. Pelo menos, na linha 1-Azul.


Por volta das 8h do dia 26 de outubro, peguei a linha rumo ao Tucuruvi. O intervalo de trens dentro da estação ia de 40 segundos a um minuto. Na estação Paraíso, foi possível encontrar as plataformas com movimentação normal, sem tumulto. Já dentro do trem, o tempo de paradas nas estações era de 30 segundos. Durante o percurso, houve dois intervalos para aguardar “a movimentação do trem à frente”, também com paradas de 30 segundos.



Como o veículo era da nova frota do Metrô, o aviso das estações era bem mais claro que o da maioria dos trens em circulação. Em todas as portas, logo após o aviso sonoro de fechamento, os usuários conseguiam ver em que estação estavam e qual seria a próxima parada. Por ser novo, o veículo tinha sistema de ar-condicionado, que facilita a vida dos usuários quando os veículos ficam lotados. Também foi possível fazer ligações e usar internet, por telefone celular, de dentro do trem – assim como na plataforma.
A pior situação enfrentada foi na Sé, que é ponto de transferência para a linha 3-Vermelha. Apesar do conforto do trem, a superlotação da estação impede que se aproveite qualquer tipo de conforto. Na plataforma, os passageiros agem como "manada" a cada abertura de porta dos vagões. Embora nesse dia não tenha presenciado nenhum passageiro sendo espremido entre as portas, a cena é comum quando os trens estão extremamente cheios.
No desembarque no Tucuruvi, procurei um funcionário do Metrô e perguntei como chegar à estação Clínicas (linha 2-Verde). O atendente não soube responder na hora, mas mostrou-se atencioso e prestativo e consultou em um pequeno mapa. Soube que para ganhar um exemplar, que contém todas as estações do Metrô e da CPTM, é preciso pedi-lo a algum funcionário. Não há nenhum banner ou cartaz informando o usuário sobre o "brinde".
Retorno
Para voltar do trabalho pela linha 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi) do Metrô, no período das 17h30 às 19h, também é preciso coragem. São plataformas e vagões cheios por toda a linha. Entretanto, como prêmio de consolação, o intervalo entre trens é relativamente rápido: eles passam a cada um minuto.
No embarque feito na estação Sé, às 18h25 do dia 27 de outubro, no sentido Jabaquara, a plataforma estava cheia. Dentro do trem – que, desta vez, era de um modelo antigo - a ventilação era ruim e sufocante, levando em consideração a lotação no interior do vagão.
O passageiro também tem de "ficar esperto" para não perder a estação de descida, pois o único indicador é o aviso sonoro, que estava baixo e a voz do locutor era abafada. Após 25 minutos de viagem num vagão apertado, consegui chegar à estação Jabaquara. Transporte rápido, mas ruim.

Fonte: R7

Um comentário:

  1. hoje 17 de novembro de 2011, entre
    08 da manhã até as 9 da manhã entre
    cptm santo amaro,cptm pinheiros,
    metro pinheiros e metro consolação-
    paulista, simplesmente é algo que
    foge a alguma palavra que exista além
    do que se conheça como LOTADO.
    Não falo nem dos trens, onde dizer
    LOTADO já virou "básico".LOTAÇÃO idem
    para andar pelas estações,a ponto de
    nos metros paulista e consolação
    praticamente não dá para andar.
    Pensei na reativação da ponte orca
    da vila madalena, do percurso da linha 9 após a estação ceagesp ir
    para a estação leopoldina direto,
    todavia, as autoridades pouco ou
    nada pensam a respeito.Nem falo
    da linha lilas do metro,uma obra
    a conta-gotas.
    E a população? Se reclama, toma
    cassetada. Se fica quieta, tem que
    suportar a insuportavel lotação.
    E como fica, metro e cptm?

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