24 de outubro de 2011

Cuidado com o Metrô-Sexual


Você que está lendo esta coluna provavelmente já deve ter utilizado um dos vagões do metrô de São Paulo. Isso, é claro, se ele estava funcionando e não quebrado, o que acontece com muita frequência. Bem, se estava funcionando, devia estar lotado, tipo, assim, uma lata de sardinhas.

Agora, se você for mulher e tiver que usar o metrô, aí então o cuidado tem que ser redobrado: você pode ser assediada a qualquer momento pelo famoso “metrô-sexual”. 

Como é que pode um respeitável (só aparentemente) advogado, corregedor do governo paulista, ser pego em flagrante assediando sexualmente uma garotinha dentro do trem? E como regem as leis brasileiras, foi preso num dia e já saiu no outro, andando tranquilamente pela porta da frente.

Ora bolas, carambolas! Se um sujeito como esse, de terno e gravata e cargo importante, é na verdade um tarado disfarçado, imagine quantos outros viajam ao seu lado com a mesma intenção?

Primeiro: onde está a truculenta segurança do metrô que exagera na violência contra a imprensa e usuários comuns? Segundo: é dever de cidadania de quem presenciar um fato como esse denunciá-lo na hora e até tentar impedir o assédio. Afinal, quem pega o metrô está indo trabalhar, estudar, enfim, no seu pleno direito de ir e vir. Fora com esses canalhas covardes!