15 de julho de 2011

Metrô de SP dará consultoria em Fortaleza


Trem do Metrô SP
O Metrô de São Paulo vai expandir a sua atuação para fora da capital e do Estado, com serviços de consultoria e até participando de licitações para operar linhas. O primeiro convênio foi assinado nesta semana com o Metrô de Fortaleza, onde a companhia paulista vai treinar funcionários locais e fazer uma análise técnica para criar o serviço. O valor é de R$ 3 milhões.
A companhia criou no início deste ano uma unidade de negócios estratégicos para tratar especificamente dos serviços que pretende "exportar". O Metrô pode participar dos projetos de novas linhas, dar consultoria sobre os sistemas que serão instalados e treinar os funcionários locais. Em relação às licitações, a companhia não pretende participar de obras ou realizar investimentos fora do Estado, mas quer atuar como a parte consultora de consórcios que disputam os processos.
"Queremos fazer como o metrô de Paris, que faz parte como consultor do grupo que opera a Linha 4-Amarela", disse o presidente da companhia, Sérgio Avelleda, em referência ao ramal que atualmente opera entre as Estações Paulista e Butantã.
O primeiro convênio fechado tem duração de 24 meses e pode ser prorrogado. Os técnicos paulistas vão analisar e opinar sobre as especificações técnicas para a criação em Fortaleza do Centro de Controle Operacional (CCO) e dos sistemas de sinalização (que impedem que um trem chegue perto do outro) e de ventilação. Os funcionários cearenses também farão treinamento sobre o manuseio de escada rolante, controles de falhas e na manutençãodos equipamentos.
"É de praxe um metrô que está perto de iniciar as atividades receber uma consultoria institucional de outro que seja referência", diz o presidente do Metrô de Fortaleza (Metrofor), Rômulo Fortes. O sistema da capital cearense deve começar a operar no início do próximo ano, com um trecho de 24 quilômetros. Ele acrescenta que o convênio com a companhia paulista foi uma solicitação da Controladoria Geral da União (CGU) - para liberar mais aditivos ao contrato, uma vez que há recursos federais na obra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.