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25 de abril de 2017

Quais serviços serão afetados com a greve geral de sexta-feira?

Às vésperas das votações das reformas trabalhista e da Previdência, o País enfrentará o segundo dia de greve geral do ano. O movimento foi convocado por oito centrais sindicais e diversas categorias já indicaram que vão mobilizar trabalhadores para que cruzem os braços nesta sexta-feira (28).

Veja a seguir quais serviços poderão ser afetados com a paralisação.

Professores

Anunciaram paralisação sindicatos de professores de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro (município e região) e Distrito Federal (estabelecimentos particulares).

A greve também deverá ter participação de trabalhadores ligados ao Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e ao Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

Servidores municipais de São Paulo

Serviços ligados à Prefeitura de São Paulo deverão ser afetados com a paralisação, conforme anunciou o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo).

O sindicato também protesta contra o governo de João Doria. Segundo a entidade, passados mais de cem dias, o prefeito não apresentou qualquer resposta às reivindicações da categoria.

Saúde em SP

Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo prometem participar do dia de paralisações, de acordo com o SindSaúde-SP (Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo).

No entanto, não há até o momento uma previsão de quais serviços poderão deixar de ser prestados com a greve.

Judiciário

Serviços do Judiciário e do Ministério Público poderão ser afetados em alguns Estados. Quem tiver qualquer compromisso marcado deve consultar os órgãos com antecedência.

A adesão de trabalhadores de tribunais e fóruns da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Pará já está confirmada.

Aeronautas

Pilotos e comissários de voo já estão em estado de greve. Na quinta-feira (27), a categoria vai fará uma assembleia para decidir se cruza os braços na sexta-feira.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas critica pontos da reforma trabalhista, especialmente o trabalho intermitente e a demissão por justa causa em caso de perda de licenças ou certificados.

“Justamente em um momento de fragilidade do aeronauta, em que ele perde uma licença, ou por exame médico ou para voar em uma determinada aeronave, ele seria demitido, sem direito ao saque do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], aviso prévio”, diz o presidente do sindicato, Rodrigo Spader.

Trens e metrô em SP

Em São Paulo, metroviários também vão votar na quinta-feira (27) uma paralisação total de 24 horas.

A previsão é que sejam paralisadas as operações nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás, e no monotrilho da linha 15-Prata. A exceção é a linha 4-Amarela, que é privada.

Funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também programam paralisar ao menos quatro linhas: 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira.

O sindicato que representa trabalhadores das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda se reúne hoje para definir se adere à greve.

Rodoviários da Grande SP

Sindicatos que representam trabalhadores de empresas de ônibus da Grande São Paulo programam uma paralisação por 24 horas na sexta-feira.

Deverão ser afetados serviços na capital e nas seguintes cidades: Arujá, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Juquitiba, Mauá, Osasco, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.

Rodoviários do RJ

No Rio de Janeiro, o Sindicato dos Rodoviários também realizou assembleia ontem em que a maioria optou pela paralisação na próxima sexta-feira, segundo a CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Bancários

O funcionamento de agências bancárias também deve ser afetado pela greve, já que funcionários do setor decidiram cruzar os braços em alguns Estados. Piauí, em Londrina (PR) e em Jundiaí (SP) já confirmaram adesão ao movimento.

A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) ainda não tinha, até esta terça-feira, um balanço de quantos sindicatos votaram pela paralisação.

Metalúrgicos

Hoje, sindicatos ligados a cinco centrais (CUT, Força Sindical, CTB, CSP-Conlutas e Intersindical) promoveram atrasos no início do expediente em diversas fábricas em São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiânia.

O movimento deverá ganhar mais força na sexta-feira, segundo as centrais.

Polícia

No PR, SP e MG, os policiais civis já informaram que vão cruzar os braços e só atenderão ocorrências de emergência. Sindicatos de outros Estados também foram convocados pela Cobrapol (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis) para aderir ao movimento.