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3 de julho de 2015

Monotrilho funciona só no horário de 'turista'

Trem deveria funcionar em horário de pico, mas viaja vazio das 9h às 14h

Metrô adia novamente a ampliação da operação da Linha 15 entre as estações Oratório e Vila Prudente

Pela quarta vez no ano, o Metrô decidiu adiar o prazo para extensão do horário de funcionamento do monotrilho da Linha 15-Prata, que liga as estações Oratório e Vila Prudente, na Zona Leste da capital. Com isso, os trens seguem funcionando apenas de segunda a sexta-feira, das 9h às 14h, em fase de visita controlada dos passageiros,   boa parte de estudantes e curiosos com a “novidade”, aberta em agosto do ano passado.

A última promessa do governo estadual era, até o fim de junho, o monotrilho passar a operar entre 7h e 19h. Antes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia prometido o funcionamento da linha nos horário de pico – para atender os trabalhadores e finalmente deixar de ser uma atração turística –  em maio. Nada aconteceu e não ha prazo para melhorar.

O cenário das duas únicas estações, na segunda-feira (29), era de um vazio sombrio. As placas indicavam o funcionamento dos trens apenas até as 14h.  

O motorista Guilherme Santana Souza, de 26 anos, chegou  com a mulher para embarcar às 14h10. Deu com a cara na porta e foram até a  Vila Prudente, para embarcar no Metrô, de ônibus. “Viemos conhecer a estação, mas o horário de operação é meio curto e nos pegou de surpresa”, admitiu.

Já a estudante de direito Janaína Vieira, 20, torce para que o horário seja expandido logo. Ela considera o pequeno trajeto um ganho para os moradores da região. “Mas funciona pouco tempo. Na volta precisamos pegar ônibus lotado”, disse.

Na tentativa de resolver as pendências , o Metrô e a Bombardier, fabricante dos trens, realizaram, na segunda, uma reunião sobre a extensão do horário da Linha 15, mas nenhum prazo ficou acertado. A única definição foi a aplicação de multa à Bombardier.

RESPOSTA DO METRÔ

O Metrô culpou a Bombardier pelos problemas na operação na Linha 15-Prata. A ermpresa do governo estadual afirmou que os trens, produzidos pela multinacional, não têm condições de entrar em operação total. “Hoje o Metrô notificou e autuou a Bombardier pelo não cumprimento dos prazos estabelecidos. O Metrô vem cobrando da Bombardier que as pendências de testes dos trens e dos equipamentos de sinalização sejam solucionadas. Até o momento, isso não foi feito”, respondeu a companhia em nota. A Bombardier nada comentou.

Diário de SP
Por: Caio Colagrande 
caio.castro@diariosp.com.br