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5 de abril de 2015

Limpeza do trem-bala japonês é realizada em apenas sete minutos

Para o serviço sair impecável, funcionários são treinados em cenário que reproduz perfeitamente um vagão.

O trem-bala japonês é sinônimo não só de rapidez, mas também de pontualidade e de limpeza. O correspondente Márcio Gomes foi conhecer uma das equipes responsáveis pelo estado impecável do Shinkansen.

Ninguém fica indiferente diante de um trem-bala. As linhas aerodinâmicas fazem do Shinkansen um símbolo do Japão. Especialmente quando passa dos 300 quilômetros por hora.

A excelência do Shinkansen depende da velocidade, da segurança, mas também do trabalho de uma turma que os passageiros mal percebem. E olha que tudo começa na plataforma de embarque.

Eles circulam discretos. Sabem a hora de cada chegada para, respeitosamente, receber o trem do qual vão cuidar. Homens e mulheres responsáveis por outra marca: a limpeza do Shinkansen.

Tão ágeis quanto o próprio trem, cada dupla fica com um vagão. São cem poltronas. E, em sete minutos, têm que limpar bandejas, levantar persianas, trocar o encosto, varrer o chão para a próxima viagem.

Não é para qualquer um. Eles treinam em um cenário que reproduz perfeitamente um vagão. No simulador, tem um banheiro igualzinho ao do trem de verdade. Aliás, cuidar dos toaletes é tarefa só para os mais experientes, por causa da complexidade. Para os novatos, lições básicas: a forma correta de segurar o pano, usar a vassourinha detectora de umidade no estofamento.

Parece fácil, até se tentar. O repórter Márcio Gomes só tomou bronca. A professora disse que ele se esqueceu de olhar o lixo que as pessoas às vezes jogam entre a janela e o banco.

E ainda tem a preocupação com os detalhes: como a posição do pino que segura as bandejas. A professora reclamou que Márcio Gomes deixou o pininho torto. Tem que ficar retinho.

A coordenadora do treinamento afirma que todo esse rigor é porque "os clientes merecem o melhor e nossa missão é entregar o Shinkansen o mais bonito possível".

Trabalhando há um ano na limpeza, a senhora Mitaka, de 49 anos, diz que a maior dificuldade é fazer tudo em tão pouco tempo. Mas olha a dedicação: "Gosto do trabalho. Vou para casa e fico pensando em maneiras de melhorar o meu desempenho".

Orgulho e respeito renovados em cada viagem.

Globo