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17 de julho de 2014

Segurança que atua em trilhos da CPTM relata má condição de trabalho

Vídeos mostrando seguranças de terceirizada atuando em pontos isolados. Segundo o funcionário, eles têm de tomar conta dos fios.

Um segurança que trabalha em linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) denuncia o que chama de péssimas condições de trabalho nas vias. Ele é funcionário da Power Seguraça, que presta serviço para a CPTM, e relata que os funcionários ficam em locais sem banheiro, sem abrigo da chuva e sem espaço para refeições para evitar que cabos sejam furtados.

A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil flagrou funcionários trabalhando em locais isolados e cadeiras posicionadas perto de paredes e sem nenhum ponto de apoio nas proximidades.

Os vigilantes ficam em pontos espalhados pelas linhas Coral, Turquesa e Safira, segundo o funcionário que faz a denúncia. Ele enviou um vídeo mostrando um colega de trabalho trabalhando de forma isolada em um ponto da Linha 12-Safira, que liga o Brás a Calmon Viana. Em outro vídeo, um colega carrega uma marmita.

“Ficar no meio do nada, sem banheiro, sem guarita, sem nada. Precisa ir no banheiro e tem que esperar a hora de ir embora.

A refeição é na via, marmita gelada”, afirma o funcionário ao descrever a rotina de trabalho.

A jornada é de 12 horas. Eles ainda têm de enfrentar o medo e já foram alvo de criminosos.

O Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância afirma que fiscaliza constantemente os postos da CPTM e move ações judiciais quando alguma irregularidade é detectada.

O Ministério do Trabalho disse que não recebeu reclamações sobre a falta de condições de trabalho dos seguranças na CPTM.

A CPTM afirma que há postos de vigilância fixos, com banheiros e guaritas. Há também os postos volantes, onde os seguranças fazem rondas, e que o revezamento é a cada três horas. A empresa disse que vai apurara as cláusulas contratuais entre a terceirizada e os seguranças.

A Power Segurança disse que cada dupla faz percursos de no máximo 50 minutos ao lado dos trilhos e que ficam nas estações, onde há toda a estrutura para atendê-los. Disse também que paga adicional de periculosidade e que fornece equipamento de segurança para os funcionários.

G1