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7 de junho de 2014

Metrô de SP chega ao terceiro dia de greve e ameaça Copa do Mundo

Sindicalistas e governo de São Paulo não chegaram a acordo sobre reajuste salarial. Categoria exige aumento de pelo menos dois dígitos

A greve do metrô de São Paulo chega neste sábado ao terceiro dia sem perspectivas de ser suspensa e com ameaça de se estender até a Copa do Mundo, que começa no próximo dia 12. Em assembleia realizada nesta sexta-feira, o Sindicato dos Metroviários ameaçou unir-se a outras categorias, como metalúrgicos e bancários, e fazer uma greve geral durante a competição. Os sindicalistas exigem reajuste salarial de 12,2%, mas sinalizaram a possibilidade de entrar em acordo por um porcentual menor — desde que acima de dois dígitos. Em reunião de conciliação, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) Rafael Pugliese propôs aumento de 9,5%. A proposta do metrô é de 8,7%.

O TRT-SP deve julgar neste sábado a liminar que obriga os funcionários a manter 100% da frota funcionando em horário de pico, e 70% no restante do dia, o que não tem sido obedecido pela categoria.

Já o governo do Estado marcou para este domingo, às 10 horas, o julgamento da ilegalidade da greve. Assim, obteria aval para iniciar as demissões de servidores e usar a Polícia Militar mais abertamente para liberar as estações. O Estado protocolou uma petição no TRT solicitando que a greve fosse decretada abusiva, antes do julgamento do dissídio. "O que a Justiça vai definir, não temos certeza. Mas o que vier, é para cumprir imediatamente", diz o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Choque — Na manhã desta sexta-feira, os grevistas decidiram realizar piquetes em estações como Jabaquara e Ana Rosa para impedir a saída de trens. Na estação Ana Rosa, a manifestação terminou em confronto com a Polícia Militar, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borracha para dispersar os grevistas. Segundo o sindicato dos metroviários, um grevista foi atingido por balas de borracha e teve ferimentos leves na perna. Cerca de oitenta grevistas estavam no local tentando impedir a entrada de funcionários que não aderiram à greve.

Além da Ana Rosa, foram formados piquetes nas estações Brás e Bresser da linha 3-Vermelha, na Zona Leste. A greve apresentou reflexos também no trânsito da cidade: às 10 horas foram registrados 239 quilômetros de lentidão - o pior do ano, segundo registros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O rodízio de veículos foi suspenso.

O sindicato promete piquetes neste sábado com o dobro de pessoas nas estações Ana Rosa e Bresser.

(Com Estadão Conteúdo)