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7 de junho de 2014

Grevistas tentam barrar saída de trens do metrô em SP

No terceiro dia de greve do metrô, um princípio de tumulto foi registrado na manhã deste sábado (7) na estação Paraíso (zona sul de São Paulo).

Segundo a Polícia Militar, um grupo de cerca de 20 metroviários segurava as portas dos trens para que eles não saíssem. Com a chegada da polícia, houve um pedido de liberação do local, que foi acatado. Os grevistas, então, saíram da estação. No local, a Folha encontrou grevistas que confirmaram o fato, mas negaram que estavam com o grupo que tentava impedir a saída dos trens.

Na estação Tatuapé os portões estão fechados porque não há funcionários suficientes para operar o metrô. Segundo o Metrô de São Paulo, o sistema opera com duas linhas liberadas (a 5-lilás e a 4-amarela, que é privatizada). As demais, operam de forma parcial: a linha 3-vermelha vai da Bresser-Moca à Santa Cecília; a linha 2-verde da Ana Rosa à Clínicas; e a linha 1-azul da Ana Rosa à estação Luz.

A estação Ana Rosa foi aberta há cerca de uma hora, com a ajuda da PM. Quem chegou na estação neste sábado a encontrou estação fechada até às 8h50.

Segundo um funcionário do metrô, cerca de 60 grevistas impediram o funcionamento da estação, que deveria ter aberto às 5h. A reportagem chegou às 4h30 à Ana Rosa. Por volta das 7h, um grupo de dez policiais deixava o local.

Não foi possível ter acesso ao interior da estação mas, segundo funcionários, a PM intermediou o diálogo entre grevistas e pessoas da chefia, que momentaneamente, exercem a função de operadores de trem. Não houve confrontos no local.

Os trens da CTPM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) operam normalmente neste sábado.

Com a continuação da paralisação hoje, essa já é a greve mais longa da categoria ao menos nos últimos 15 anos. A segunda mais longa no período aconteceu em agosto de 2007, quando os metroviários pararam por dois dias.

Os metroviários se reuniram nesta sexta com representantes do Metrô, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mas não houve avanço nas negociações. Com isso, a Justiça deve julgar a legalidade da greve no domingo (8).

Na sexta-feira, as três principais linhas de metrô funcionaram parcialmente e o trânsito voltou a registrar índices recordes pela manhã. Também houve piquete por parte dos grevistas, que acabaram sendo retirados da estação Ana Rosa por policiais militares. Foram usadas bomba de gás e balas de borracha. Ao todo, 4,6 milhões de pessoas foram afetadas, segundo o Metrô.

Fonte:  Gazeta do Povo