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7 de junho de 2014

Greve do Metrô entra no terceiro dia e transtornos para usuários continuam

Presidente da companhia diz que operação parcial voltará a ser adotada neste sábado

A greve dos metroviários entra no terceiro dia neste sábado (6) e a direção da companhia afirma que vai continuar com o esquema emergencial adotado desde a última quarta-feira. Com isso, apenas parte das estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha vão abrir. A linha 4-Amarela, que é operada por uma concessionária, e a 5-Lilás vão operar em todo o trecho.

A expectativa do Metrô é que a situação seja normalizada amanhã, já que está pré-agendado o julgamento da greve dos metroviários. Independentemente do resultado, a Justiça determina que eles retornem ao trabalho imediatamente.

Na sexta-feira (6), a quinta tentativa de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) fracassou. O relator do processo, desembargador Rafael Pugliese, criticou o desfecho da audiência.

— As partes documentam nos autos 16 correspondências do Metrô para os sindicatos, cinco correspondências dos sindicatos para o Metrô, cinco reuniões extrajudiciais para tentativa de conciliação, três reuniões no núcleo de conciliação do tribunal, outras duas reuniões já na esfera judicial, e as partes não conseguiram chegar a um resultado satisfatório de conciliação. Acho que ambas as partes não devem ter uma nota muito boa no conceito de negociação.

Os metroviários estavam dispostos a negociar uma possível redução no reajuste salarial pleiteado, que era de 12,2%, caso a companhia concordasse em atender outras reinvidicações. A empresa não voltou atrás e manteve os 8,7%, oferecidos desde quarta-feira (4), quando foi deflagrada a greve.

O presidente do Metrô, Luiz Antônio Carvalho Pacheco, disse ao final da sessão que não há mais o que ser negociado.

— Os metroviários têm uma expectativa que nós não conseguimos alcançar. Então, a decisão do Metrô foi colocar a nossa proposta para decisão da Justiça. Existe uma possibilidade de um julgamento no domingo, seria muito bom. O Metrô está operando, com dificuldade, nós vamos operar no fim de semana da mesma maneira que nós operamos nesses dois últimos dias e aguardamos o julgamento. Esperamos que a partir do julgamento os funcionários voltem a trabalhar e o Metrô cumprirá integralmente a decisão da Justiça.

Altino Melo Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários, disse que o governador Geraldo Alckmin está tratando a questão como “birra pessoal”, e confirmou a continuidade da paralisação por tempo indeterminado. Os trabalhadores aprovaram em assembleia abrir mão dos dias trabalhados se o governo concordasse em liberar as catracas. Pacheco disse que não pode abrir mão de receita e que pode ser responsabilizado judicialmente se fizer isso.

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Proposta

O Metrô ofereceu aos trabalhadores reajuste de 8,7% no salário e no vale-refeição, de 17% no vale-alimentação, além da extensão do auxílio-creche e da isenção do desconto de coparticipação no vale-refeição. Ontem, o desembargador chegou a propor que a companhia elevasse o aumento para 9%, o que foi recusado pela estatal.

Liminar

Continua a valer a liminar concedida pela desembargadora Rilma Aparecida Hemetério que prevê multa diária de R$ 100 mil aos sindicatos e à companhia no caso de não manter 100% da frota em horários de pico e 75% nos demais períodos. Pugliese disse que oficiais de Justiça checam diariamente se a decisão está sendo cumprida. A aplicação dessa multa será definida no domingo.

R7

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