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8 de junho de 2014

Em 4º dia de greve, 36 das 68 estações do metrô estão abertas

Com greve dos metroviários, passageiros buscam alternativas de transporte como ônibus e trens da CPTM

O metrô de São Paulo tem mais um dia de operação parcial por causa da greve dos metroviários que, neste domingo (8), completa quatro dias. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha foram afetadas pela paralisação e algumas estações abriram às 5h52. Já a linha 4-Amarela está com um trecho interditado por causa de obras de expansão. A linha 5-Lilás é a única que funciona sem problemas desde as 4h45. No momento, 36 das 68 estações do metrô estão abertas, segundo a empresa.

Na linha 1-Azul, os trens circulam entre as estações Ana Rosa e Luz. A linha 2-Verde começou a operação entre as estações Ana Rosa e Clínicas. Outras duas estações foram abertas às 8h39: Sumaré e Vila Madalena. Na linha linha 3-Vermelha, a operação começou entre as estações entre entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecília, mas, a partir das 7h16, a estação Marechal Deodoro também começou a funcionar.

Na linha 4-Amarela, o trecho entre as estações Paulista e Faria Lima ficará interditado durante o horário operacional, entre 4h40 e meia-noite, para a execução de obras nas futuras estações Fradique Coutinho e Oscar Freire. A concessionária ViaQuatro acionou o sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) para transportar os passageiros no trecho interditado.

Julgamento

Os metroviários fizeram uma nova assembleia, no fim da tarde de sábado (7), e decidiram continuar em greve até as 14h deste domingo, quando farão uma nova assembleia na sede do sindicato. O julgamento sobre legalidade da greve está marcado para as 10h deste domingo, no Tribunal Regional do Trabalho. De acordo com o tribunal, independente do resultado do julgamento, após a sessão, a Justiça vai determinar o retorno imediato dos grevistas ao trabalho.

O Metrô pede que a Justiça considere a paralisação abusiva e que determine de qual deverá ser o reajuste salarial da categoria. Patrões e empregados não entraram em acordo econômico em nenhuma das cinco tentativas de conciliação. Os metroviários reduziram a proposta de aumento de 35,47% para 12,2%. A empresa elevou a oferta de 5,2% para 8,7%. Os trabalhadores queriam ao menos 10%.

Além disso, a proposta da companhia incluía reajuste de 8,7% no vale-refeição, 17% no vale-alimentação, extensão do auxílio-creche, além da retirada da coparticipação dos funcionários no vale-refeição. Agora, todos esses índices serão fixados pelos desembargadores.

Demissões

O governo do Estado aguarda a Justiça decretar a ilegalidade da greve para iniciar demissões e reforçar o uso da PM (Polícia Militar) na abertura das estações. O sindicato ampliou o tom das críticas e prometeu piquetes maiores, após confronto entre grevistas e a PM na Estação Ana Rosa na última sexta-feira (6).

O Estado protocolou uma petição no Tribunal Regional do Trabalho solicitando que a greve fosse decretada abusiva, antes do julgamento do dissídio, como afirma o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes

— O que a Justiça vai definir, não temos certeza. Mas o que vier, é para cumprir. Imediatamente, terão de cumprir (e voltar ao trabalho). Se não vierem, pode-se começar a emitir demissões.

No entanto, o secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes, disse que a entidade está determinada a ir "até as últimas consequências" na paralisação, apesar das ameaças de demissão. O sindicalista questionou a legalidade do envio na sexta-feira (6), de 440 telegramas por parte do governo, convocando os trabalhadores parados — sobretudo condutores de trens — a voltar para o serviço.


R7