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13 de maio de 2014

Reajuste e ameaça de greve na CPTM serão discutidos em nova audiência

Reunião de conciliação será na quarta (13) no Tribunal do Trabalho.
'Vamos encontrar uma saída sem greve', diz secretário de Transportes.

O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse nesta terça-feira (13) que acredita que haverá um acordo para evitar a possível greve dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) marcada para a 0h desta quinta-feira (15). "Nós achamos que vamos encontrar uma saída sem greve", disse.

Uma reunião conciliatória está agendada para quarta-feira (14). Nela, serão discutidas as propostas feitas pela juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que arbitra o caso.

Nesta manhã, o secretário Jurandir Fernandes chegou a pedir "boa vontade" por parte dos dirigentes dos quatro sindicatos que representam os funcionários da CPTM . Fernandes avaliou os rumos das negociações após a entrega das obras de modernização da Estação Domingos de Moraes da Linha 8-Diamante da CPTM.

Os sindicalistas, no entanto, não estão tão otimistas quanto a um possível acordo, principalmente por causa da postura da direção da CPTM nas negociações.

“O sindicato entende que a empresa conduziu de tal forma as negociações para levar a categoria à greve”, afirmou Rogério Pinto dos Santos, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda).

Os outros três sindicatos são o dos Trabalhadores Ferroviários de São Paulo, dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (linhas 11-Coral e 12-Safira) e a Associação dos Engenheiros Ferroviários. “Os quatro sindicatos estão alinhados nesta negociação.”

Valores na mesa

Na reunião de conciliação, nesta segunda-feira (12), o TRT sugeriu para análise das partes como proposta um reajuste salarial de 8,03%, 24 tíquetes de R$ 27,00, vale-alimentação de R$ 247,96 e a participação nos resultados de no mínimo R$ 4 mil, independentemente de metas.

A proposta do TRT agradou aos sindicatos. “Está bem próxima do que pleiteamos, mas precisa de aprovação em assembleia. Esse índice corresponde ao INPC, que é cerca de 5,3% mais 2,5% de aumento real. Nós estamos pedindo o INPC mais 8%, além de R$ 5 mil de produtividade”, disse  Rogério Santos.
“Pelas negociações, a CPTM não deve aceitar a proposta do TRT”, ressaltou, o dirigente sindical. A empresa oferece 3,97% de reajuste. O G1 aguarda que a empresa informe mais detalhes da contrapartida apresentada pela CPTM durante a audiência.

Os sindicatos marcaram assembleias para as 18h desta quarta-feira (14) para decidir de vez se iniciam uma greve ou não a partir das 0h de quinta-feira (15).

Para o secretário Jurandir Fernandes, as propostas defendidas pelo governo já representam avanços para os ferroviários em relação a salário, vale alimentação e vale refeição, algumas das principais pautas dos sindicatos. "Houve um grande avanço na carreira para eles", afirmou.


Amanda Previdelli e Marcelo Mora
Do G1 São Paulo

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