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13 de maio de 2014

Após a CPTM, ônibus também podem parar

Motoristas e cobradores se reúnem com sindicato patronal para tentativa de acordo

 

São Paulo está ameaçada de parar. Após os ferroviários da CPTM terem decidido, na semana passada, não trabalhar a partir da próxima quinta-feira para pressionar o governo estadual a negociar o reajuste salarial da categoria, os motoristas e cobradores de ônibus também falam em cruzar os braços imediatamente.

 

Nesta terça-feira (13), está marcada a última reunião com o sindicato patronal para tentar chegar a um acordo. Segundo os representantes dos trabalhadores, não houve até então avanço na negociação. Ao todo já foram realizados quatro encontros.

 

“A possibilidade de paralisação existe e é real”, diz Romualdo Santos, diretor do sindicato dos funcionários. Entre as principais reivindicações  estão um reajuste salarial de 13,5%, aumento no vale-refeição para R$ 22 por dia, aumento da cesta básica para R$ 120 e a melhora do convênio médico. “O sindicato patronal afirma não ter dinheiro para conceder os aumentos. Eu sou técnico de transporte, entendo um pouco de tarifa e o valor atual da passagem é baixo mesmo. Ou o prefeito (Fernando Haddad) ajuda de alguma forma as empresas ou o sistema não terá dinheiro”, afirma Romualdo.

 

Atualmente, segundo o sindicato,  o piso salarial dos motoristas de ônibus é de  R$ 1.970. Os cobradores recebem, de salário inicial, R$ 1,1 mil. “Nós entregamos a pauta para o secretário de Transporte e para o sindicato patronal, mas o  prefeito não mandou ninguém para acompanhar as negociações. A SPTrans também não acompanhou o processo para ao menos verificar a possibilidade de greve, intermediar a situação e tentar evitar que a  cidade pare”, completa.

 

Quarta está marcada uma assembleia para decidir sobre uma possível paralisação.   

 

Protesto/ Nesta segunda-feira (12), funcionários da empresa VIP, que atende principalmente a Zona Sul da cidade, protestaram por conta de problemas no pagamento de horas extras. Dezenove linhas tiveram a circulação prejudicadas. Ao todo, 224 coletivos ficaram parados.  A greve terminou por volta das 9h30. Centenas de pessoas caminharam pelas ruas da região para tentar chegar ao trabalho porque  os manifestantes também fecharam avenidas importante da região.

 

Por Tayguara Ribeiro/ Especial para o Diário de SP