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17 de agosto de 2013

Investigação de suposto cartel em SP deve demorar pelo menos dois anos

Demora deve ser causada pelo grande volume de documentos.
Para agilizar o trabalho, o Cade importou programa que cruza informações.

A investigação sobre um suposto cartel que atuava em São Paulo deve levar ao menos dois anos devido ao grande volume de documentos.

A Corregedoria do Governo de São Paulo apresentou para a comissão o que conseguiu apurar sobre a formação de um suposto cartel em obras do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante as gestões de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.

“A apuração administrativa está sendo feita pela corregedoria, que está ouvindo a todas as pessoas mencionadas. As empresas que teriam formado esse cartel também já estão sendo ouvidas”, diz Gustavo Ungaro, presidente da Corregedoria Geral de SP.

A apuração é feita com base em um extenso relatório do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O volume de documentos que o órgão recebeu da Siemens, denunciante do suposto esquema, é tão grande que poderia ser armazenado em 60 computadores.

Para agilizar o trabalho, o Cade importou um programa de computador que cruza as informações e consegue apontar indícios de formação de cartel. Mesmo assim, a análise de todo material deve levar cerca de três meses e a sentença do caso pode demorar pelo menos dois anos.

“É uma atividade de inteligência bastante intensa. A superintendência-geral do Cade tem se esforçado para fazer essa análise da maneira mais rápida, mas, ao mesmo tempo, eficiente e efetiva possível. Por isso, estou deixando claro que essa investigação está em uma fase muito inicial”, diz Vinícius Marques Carvalho, presidente do Cade.

As assessorias dos ex-governadores de São Paulo Mário Covas e José Serra  têm negado que seus governos soubessem da prática de cartel em licitações. A atual gestão, de Geraldo Alckmin, ressaltou que assim que teve acesso aos documentos do Cade entrou na Justiça para apurar responsabilidades e cobrar indenização.

Fonte: O Globo