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24 de junho de 2013

Linha 18-Bronze tem chance de ficar só no papel

A expansão da Linha 18-Bronze para o bairro Alvarenga, em São Bernardo, corre risco de ficar apenas no discurso. Ex-presidente do Metrô e atual secretário-adjunto de Transportes Metropolitanos do Estado, Peter Walker afirma que levar o monotrilho do Grande ABC para uma das maiores regiões da cidade é “um risco muito grande” porque o projeto apresentado pela Prefeitura utiliza o Corredor ABD do trólebus, hoje sob concessão da Metra.


O aumento do trajeto foi reivindicação pessoal do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), quando a obra foi anunciada, no início de 2010, pelo então governador José Serra (PSDB). Contando com recursos do governo federal, o petista desenvolveu o projeto executivo e, em outubro daquele ano, apresentou ao governo do Estado, que havia reconhecido o Alvarenga como ponto final do curso do monotrilho.


No planejamento de Marinho, o corredor do trólebus seria utilizado para acolher parte da estrutura do veículo. E é justamente essa via que, segundo Walker, concentra os principais problemas para execução da Linha 18-Bronze até um dos bairros mais populosos de São Bernardo. Por isso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), em visita à região no fim de maio, anunciou que o destino final da primeira etapa do sistema será a estação Djalma Dutra, na Avenida Prestes Maia, no Centro.


Para o secretário-adjunto de Transportes, o sistema de trólebus da Metra tem boa aceitação popular e considerável IPK (Índice de Passageiros por Quilômetro, utilizado para medir a qualidade do transporte), além de estar em vigência até 2017. Se o contrato fosse quebrado haveria pagamento de indenização à concessionária. “Chegamos à conclusão que fazer a PPP (Parceria Público-Privada, modelo adotado para o monotrilho do Grande ABC) até o bairro Alvarenga é um risco muito grande.”


Outro receio do Palácio dos Bandeirantes, de acordo com Walker, são as dificuldades de desapropriação de terrenos irregularmente ocupados. Cálculos do Executivo paulista estimam que o tempo de obra quase dobra somente para retirar famílias que estão ilegalmente em áreas projetadas pelo Metrô para acolher um terminal ou se tornar ponto de passagem do monotrilho.


Pelo plano inicial, o Metrô previa a desapropriação de 51 áreas, que somavam mais de 200 mil metros quadrados nas cidades de São Paulo, São Caetano, Santo André e São Bernardo – por onde o sistema vai passar, tendo início na Estação Tamanduateí. Serão 14 estações na primeira etapa, com investimento de R$ 4,1 bilhões.
A previsão de abertura dos editais de licitação é para o fim do ano, e o governo estima entregar o trecho de Tamanduateí a Djalma Dutra em 2016.



Rafael Rocha 
Do Diário do Grande ABC 

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