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29 de maio de 2012

'Cemitérios' de trens em áreas da CPTM têm até vagões sem dono

Áreas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) usadas há pelo menos dez anos como cemitérios de trens velhos em São Paulo têm até vagões sem dono.

A estatal diz que não guarda trens fora de uso --faz leilões-- e que as carcaças são de responsabilidade federal.

Das 85 carcaças em áreas da CPTM, 44 estão em Presidente Altino, Osasco (Grande São Paulo), 35 na Lapa, zona oeste, e seis na estação Luz, no centro.

Segundo a CPTM, os vagões são do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e ocupam espaço que poderia acomodar novos trens.

Em nota, o Dnit afirmou que fez inspeção em Osasco e constatou que nem todos os vagões são seus. "Assim que o levantamento for concluído, o Dnit providenciará a remoção dos vagões de sua responsabilidade". Segundo o órgão, as carcaças serão transportadas em caminhões.

O sindicato dos trabalhadores das linhas 8-diamante e 9-esmeralda da CPTM diz que as peças antigas são reutilizadas em trens mais novos e que há até um trem de 2009 no meio do ferro-velho.

"Funcionários das oficinas arrancam peças e colocam nos trens que continuam rodando", disse Rogério Centofanti, consultor do sindicato.

A CPTM diz que não faz canibalismo e que o trem de 2009 que está na Lapa passa por avaliação técnica.


Para o professor da Universidade Federal de São Carlos Archimedes Azevedo Raia Júnior, doutor em engenharia de transportes, o canibalismo --utilização de peças usadas-- nas ferrovias é comum.

"Pode ser utilizado pela necessidade de reposição rápida de uma peça. Mas, em geral, isso aponta falta de planejamento para a reposição das peças", afirma.

Fonte: Folha.com